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Há mais de 70 anos, o primeiro filme rodado no processo Cinemascope surgiu para botar a televisão no escanteio. Tudo porque este então novo veículo de comunicação ameaçava o
cinema, e as salas de exibição tornavam-se cada vez mais vazias. O conforto de ver televisão em casa provocava medo na indústria de filmes, e donos de estúdios, produtores, cineastas e diversos artistas, mobilizavam-se para não perderem concorrência com a telinha.
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Parecia que
a Sétima Arte estava com seus dias
contados e fadada a um fim irremediável. No entanto, os recursos que grandes produtores e engenheiros encontraram para evitar a "extinção do cinema" e perder a concorrência com a TV foi expandir o formato de
seus filmes. Devemos lembrar que, após o surgimento Cinemascope, vieram a surgir os
processos Vistavision e Panavision (Câmera de 65mm, em Ben-Hur, 1959), e ainda o Techinirama 70mm,
ambos formatos visavam transformar grandes produções em mega-espetáculos, e
nada como filmes com temáticas históricas ou grandes épicos para fazer a alegria do público.
Sem estas técnicas, é importante frisar que jamais existiria o formato Widescreen, que percorreria a
grande maioria dos DVDS lançados no Mercado.
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Henri Chrétien, inventor do "Sistema Hypergonar", que daria origem 30 anos depois ao surgimento do CinemaScope. |
O curioso é que o Cinemascope já era um processo antigo antes mesmo de seu lançamento oficial em 1953. Engenhosamente, Darryl F. Zanuck (1902-1979), o chefão da 20th Century Fox, encontrou a solução para sobrepujar a concorrência com a televisão, quando lembrou do invento do francês Henri Chrétien (1879-1956), patenteado em 1927, com o nome de Sistema Hypergonar, que consistia basicamente numa câmara de lente anamórfica, capaz de criar imagens destinadas a uma tela duas vezes maior que a tradicional. Aperfeiçoando e "estereofonizado", o processo criado por Chrétien ressurgiu com o nome de Cinemascope, e rendendo uma fortuna aos cofres da Fox. E a nova técnica viria não somente para ficar, mas a influenciar outros formatos de tela.
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Com esta
vitória da Indústria Cinematográfica Hollywoodiana, que conseguiu com isto promover a volta
do público para as grandes salas, O
Manto Sagrado/The Robe ficou na história como o primeiro filme a ser lançado no formato
Cinemascope, levando plateias no mundo inteiro aos cinemas, e um dos espetáculos mais exibidos nos feriados de Páscoa em muitos cinemas do Brasil (em
alguns lugares, ficou em cartaz por quase 10 anos)- e também era filme
garantido de toda Sexta-Feira Santa nas antigas exibições pela Sessão da Tarde da televisão . No entanto, é justamente no televisor que o filme perde drasticamente impacto
visual, pois a telinha deforma o Cinemascope, perdendo os
enquadramentos originais.
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Richard Burton como o tribuno romano Marcellus Gallio. |
O épico de cunho religioso e bíblico versa nos últimos
anos do reinado de Tibério (Ernest Thesiger, 1879-1961), quando Roma era a "Senhora do Mundo". Marcellus Gallio (Richard Burton, 1925-1984) é um jovem tribuno do império que está sempre
envolvido com jogos ou mulheres. Além disto, tem rixa pessoal com Calígula (Jay Robinson, 1930-2013), o herdeiro do trono. A
situação complica-se quando Marcellus oferece, em um leilão de escravos, a
absurda quantia de três mil moedas de ouro por Demétrius de Corinto (Victor Mature, 1913-1999), um grego outrora trazido para a capital como prisioneiro de guerra e que
também era disputado por Calígula no leilão.
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Victor Mature como o escravo Demétrius de Corinto. |
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Jay Robinson como o insano imperador Calígula |
Ao se ver
derrotado por Marcellus, Calígula encara isto como uma afronta pessoal e então
manda o tribuno ir servir imediatamente em Jerusalém, na Palestina, considerado
o pior lugar do mundo. Entretanto, devido a motivos políticos, depois de curto período na "Terra Santa", Marcellus é chamado de volta por Tibério.
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Richard Boone como Pôncio Pilatos |
Mas, antes de
partir para Roma, Marcellus recebe de Pôncio Pilatos (Richard Boone, 1917-1981), procurador romano em Jerusalém, a missão de supervisionar a execução de uma sentença: a
crucificação de Jesus Cristo. Finda a tarefa, ele e outros soldados disputam em
um jogo de dados a posse pelo manto vermelho usado por Jesus.
Marcellus vence a aposta, mas o manto fica com Demétrius, pois quando Gallio tenta usar
o manto, algo o aflige de forma indescritível. O escravo grego, que já tinha se
tornado um cristão, tira-lhe o manto, dizendo que jamais o serviria novamente,
pois ele tinha crucificado seu mestre. Em seu retorno, o tribuno fala frases sem
sentido, como se algo muito forte o atormentasse.
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Jean Simmons como Diana, a amada de Marcellus. |
Já em Capri,
onde estava o imperador e Diana (Jean Simmons, 1929-2010), a amada de Marcellus,
alguns membros da corte e o próprio Tibério, vendo que o tribuno portava-se de
modo estranho, ouvem por horas o que aconteceu em Jerusalém.
Tibério acha que o oficial pode ter perdido a razão, mas quando Gallio atribui
que a aflição que sente só aconteceu após cobrir-se com o manto de Jesus, então
o adivinho da côrte conclui que o manto estava enfeitiçado e precisa ser
destruído. Isto parece lógico tanto para Tibério como para Marcellus, então o
tribuno retorna à Palestina para destruir o manto e descobrir quem são os cristãos responsáveis por algum tipo de conspiração, mas esta viagem irá mudar profundamente sua vida.
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Burton e Michael Rennie como São Pedro. |
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Pedro (Michael Rennie), o "Grande Pescador" e líder da Igreja, recebe Marcellus, ao lado de Justus (Dean Jagger) |
Uma vez de volta a Palestina,
em sua procura pelo manto, Marcellus vai à pequena vila de Caná, onde
conhece Justus (Dean Jagger, 1903-1991) e Miriam (Betta St John, 1929-2023), dois exemplos de vida
cristã. Embora não acredite em algumas
coisas que lhe falam, como a ressurreição de Cristo, o tribuno começa a ter
dúvidas sobre suas crenças. Justus lhe
diz que conhece sua identidade e lhe informa que todos já o perdoaram, assim
como Jesus o perdoou. Logo depois, ao
tentar convencer Marcellus do amor de Jesus pela humanidade, Miriam lhe diz que um dos seus
discípulos, Simão Pedro (Michael Rennie, 1909-1971), conhecido como “O Grande Pescador”,
acaba de chegar em companhia de seu companheiro grego, o próprio Demétrius.
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Ao pedir o
manto para ser queimado, Marcellus ouve de Demétrius que o problema dele não
está no manto e sim em sua consciência, em seu coração, por ter crucificado o
Messias. Receoso, em princípio, mas
encorajado por Demétrius, o tribuno termina abraçando o manto de Cristo e livra-se de todas as suas angústias.
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Diana e Marcellus |
Em seguida,
Marcellus é levado à presença de Pedro e termina convertendo-se ao
cristianismo, passando a seguir o apóstolo.
Tempos de depois, Pedro e seus seguidores chegam à Roma e passam a viver
nas catacumbas. Com a morte de Tiberius,
Caligula é o novo imperador e inicia uma perseguição implacável contra os cristãos. Quando Demétrius é preso e
torturado nos calabouços do palácio de Calígula, o tribuno decide libertá-lo, o que consegue com a ajuda de um grupo
de homens. Entretanto, durante a fuga,
eles são perseguidos e, em benefício da liberdade do grupo, Marcellus atrai
seus perseguidores, e se entrega.
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Demétrius (Victor Mature) se apossa do Manto Sagrado e se torna seu guardião... |
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...a ponto de quase sacrificar sua vida, mas é curado milagrosamente por Pedro (Michael Rennie). |
Depois que
Marcellus é capturado, Diana visita-o em sua cela e lhe implora para que
renegue Jesus, a fim de salvar a si próprio, mas ele fala pra ela sobre o povo
de Caná, que nunca renegou Jesus, apesar do perigo de ser seu seguidor.
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Marcellus e Diana na côrte de Calígula (Jay Robinson). |
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Marcellus jura lealdade ao Império Romano, mas não abjuga Cristo |
Marcellus é
então levado a julgamento por traição, oportunidade em que confessa ser um
cristão. Calígula ridiculariza as afirmações do tribuno de que o seu rei é o
Rei do Céu, que acredita em amor, compaixão e caridade acima de tudo. Irritado
por que Diana ainda prefere Marcellus a ele, Calígula faz com que a assembleia
exija a morte do tribuno.
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Marcellus e Diana levados para o pátio dos arqueiros, onde sofrerão 0 martírio (cena eliminada no filme). |
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Marcellus e Diana, a caminho da Eternidade. |
Diana,
movida pela crença apaixonada de Marcellus e repugnada pela tirania de Calígula,
escolhe morrer com o homem que realmente ama. O Manto
Sagrado foi indicado para cinco categorias do prêmio Oscar em 1953,
incluindo Melhor Filme e Melhor Ator para Richard Burton. Mas acabou conquistando o Oscar por Melhor Cenografia em cores, e ainda, um Oscar especial pela novidade técnica que viria revolucionar para sempre toda estética do cinema.
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LLOYD C. DOUGLAS, autor do romance que originou o filme |
A fita,
dirigida por Henry Koster (1905-1988), foi baseada em romance publicado em 1942 por Lloyd C.
Douglas (1877-1951). No Brasil, o romance foi publicado com o título de O Manto de Cristo. A trilha sonora foi encarregada pelo Mestre Alfred Newman (1901-1971), de A Canção de Bernadete. Os direitos do romance chegou a ser comprado pela RKO estúdio, que no início dos anos de 1950, vendeu para 20th Century Fox, como veículo para Tyrone Power que interpretaria Marcellus, mas ele recusou o papel.
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Victor Mature e Mae Marsh. |
O Filme foi
um estrondoso sucesso e foi ocasião ímpar em toda História da Cinematografia,
pois todas as salas de cinema tiveram que ser reformadas para recepcionar o
lançamento deste êxito das telas. A Fox,
que detinha os direitos do livro de Douglas, não sabia o que
fazer com as demais 200 páginas do romance, e aproveitando o embalo do sucesso
de The Robe, o estúdio resolveu fazer
uma sequência da obra, em 1954.
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Victor Mature repete o papel de Demetrius em DEMÉTRIUS E OS GLADIADORES. Aqui com Ernest Borgnine. |
Sob a
direção de Delmer Daves (1904-1977) especialista em dramas e westerns (Galante e sanguinário), e repetindo
Mature (Demétrius), Michael Rennie (São Pedro) e Jay Robinson (Calígula) nos
seus respectivos papéis em O Manto
Sagrado. Produzida por Frank Ross (1904-1990), que havia também produzido o filme anterior, realizou juntamente com o diretor Daves uma fita
superior, porque substituiu a religiosidade melodramática de The Robe por
exuberante ação física e estimulantes aspectos aventurescos (as sequencias de treinamento na arena e a luta de gladiadores no Coliseu são excelentes, com ótimos movimentos de câmera).
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Susan Hayward como Messalina. Na foto, com Mickey Simpson. |
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Michael Rennie volta a interpretar São Pedro em DEMETRIUS E OS GLADIADORES (1954). |
Escrito por
Philip Dunne (1908-1992) com base nos personagens de Lloyd C Douglas, o filme
transcorre após a morte de Marcellus (Richard Burton) e Diana (Jean
Simmons), ocorrida no desfecho de O Manto Sagrado. O cristão Demétrius, o guardião do manto de Cristo, é perseguido pelo imperador Calígula, sendo preso e feito
gladiador na arena, comandada por Strabo (Ernest Borgnine, 1917-2012).
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Demetrius perde a fé cristã e submete-se aos caprichos de Messalina. |
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Demetrius e sua amada Lucia (Debra Paget). |
Quando sua
amada Lucia (Debra Paget) entra em estado de choque ao risco de ser violentada
por um dos gladiadores, Dardanius (Richard Egan, 1921-1987), Demétrius perde a
fé e sucumbe aos encantos de Messalina (Susan Hayward, 1918-1975). Demétrius e os Gladiadores constitui um dos melhores espetáculos já realizado no cinema épico de aventuras. A trilha
sonora é do renomado Franz Waxman (1906-1967), com base no repertório de Alfred Newman, o compositor original de The Robe.
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LANÇAMENTO DE “O MANTO SAGRADO” NO RIO DE JANEIRO
O MANTO SAGRADO foi lançado nos Estados Unidos em 24 de setembro de 1953, no Chinese Theatre, em Hollywood,
inaugurando definitivamente o Cinemascope.
Não demorou muito, a novidade chegou ao Brasil, repetindo o mesmo sucesso de Los Angeles. Não diferente também como ocorrido nas salas de cinema nos EUA,
algumas salas aqui tiveram também que ser adaptadas para a estreia de The Robe no Brasil, inclusive no Rio de Janeiro, a então Cidade Maravilhosa, que recebeu de
braços abertos, tal como o Cristo Redentor, o monumento turístico da cidade, a sagrada fita estrelada por
Richard Burton, Jean Simmons, Victor Mature, e Michael Rennie, nos idos tempos que o Rio ainda era a capital da República.
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O MANTO SAGRADO - OCASIÃO DE GALA TAMBÉM NO RIO DE JANEIRO, CONFORME ANÚNCIO NOS JORNAIS DA ÉPOCA DE SEU LANÇAMENTO, NAS SALAS CARIOCAS. |
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Divulgação pelos jornais do Rio de Janeiro, em 1954. |
O CINE-PALÁCIO no Centro do Rio de janeiro, teve
suas instalações alteradas para a estreia, e finalmente, a 15 de abril de 1954,
estreou O MANTO SAGRADO nas salas de projeção da cidade.
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FICHA
TÉCNICA
O MANTO SAGRADO
(The Robe)
País – Estados Unidos
Ano – 1953
Gênero – Épico/Religioso
Direção – Henry Koster
Produção – Frank Ross, para a 20th Century Fox
Roteiro – Phillip Dunne e Gina Kaus (adaptação),
com base no livro de Lloyd C. Douglas.
Música – Alfred Newman
Fotografia – Leon Shamroy, em Cores
Metragem – 135 minutos
elenco
RICHARD BURTON – Tribuno Marcellus Galio
JEAN SIMMONS – Diana
VICTOR MATURE – Demetrius de Corinto, o escravo
MICHAEL RENNIE – São Pedro, o “Grande Pescador”
JAY ROBINSON – Calígula
TORIN THATCHER – Senador Galio
DEAN JAGGER – Justus
RICHARD BOONE – Pôncio Pilatos.
BETTA St. JOHN – Miriam
JEFF MORROW – Paullus, o centurião
ERNEST THESIGER – Imperador Tibério
DAWN ADDAMS – Junia
LEON ASKIN – Abidou
MICHAEL ANSARA – Judas Iscariotes
FRANK DeCOVA – Escravo
JOHN DOUCETTE – Soldado da esquadra
SAM GILMAN – Capitão da esquadra
MAE MARSH – Mulher idosa de Jerusalém que ajuda
Demetrius
JAY NOVELLO – Tiro
HAYDEN RORKE – Callus, licitante do leilão de
escravos.
HARRY SHEARER – o pequeno Davi
PERCY HELTON – Caleb, o mercador de vinhos.
DONALD C. KLUTE – Jesus Cristo
SALLY CORNER – Cornelia, mãe de Marcellus
PAMELA ROBINSON – Irmã de Marcellus
ROSALIND IVAN – Julia, esposa de Tibério
E
CAMERON MITCHELL – A Voz de Jesus no Calvário.
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