sábado, 29 de julho de 2023

Johnny Guitar (1954): De Nicholas Ray, Um Western de Imensa Grandeza Poética e Dramática



O cineasta Nicholas Ray (1911-1979) tinha profundo apreço por uma de suas mais famosas e admiradas realizações, o western JOHNNY GUITAR (Johnny Guitar, 1954). Ray talvez antevisse que seu faroeste não seria simplesmente um tradicional bang bang, e mesmo porque o gênero ao longo da década seguinte sofreria mudanças por conta dos faroestes italianos, através de diretores como Sergio Leone e Sergio Corbucci. Sem dúvida, JOHNNY GUITAR é um dos westerns mais estilizados de todos os tempos. Influenciado por outro clássico do gênero, Os Brutos Também Amam (Shane, 1953), realizado por George Stevens no ano anterior, JOHNNY GUITAR teve script de Philip Yordan (1914-2003), que conferiu a seu roteiro diálogos extraordinários de imensa grandeza poética e dramática.

O Cineasta Nicholas Ray.
Em verdade, tanto Johnny Guitar quanto Shane são os heróis clássicos do faroeste norte-americano por excelência. Ambos apresentam indisfarçadamente linha de similitude psíquica, o que leva o espectador a estabelecer certo paralelismo entre os dois, afinal, uma comparação um tanto inútil e perigosa, visto que os dois têm trajetórias bem diferentes.

Nicholas Ray e o produtor associado Herbet J. Yates acompanhando com a estrela Joan Crawford a leitura do script.
Nicholas Ray soube dar ritmo intenso a narrativa, impregnando-a de interesse e suspense crescente. A história, que a julgar pelo próprio diretor, foi extraída de um conto original de Roy Chanslor (1899-1964), coloca oposição entre a justiça e o arbítrio, centrado no comportamento de duas mulheres, que ao fim, de acordo com o modelo clássico do western, terão que se defrontar uma contra a outra. 

Joan Crawford é Vienna, uma mulher de temperamento forte, uma heroína.
Uma dessas mulheres é Vienna – vivida por Joan Crawford (1904-1977) – mulher de temperamento forte, dona de um Saloon no Arizona, com a qual ela espera enriquecer logo que a Estrada de Ferro chegue pela região, o que contraria os interesses de sua arqui-inimiga, Emma Small (Mercedes McCambridge,1916-2004), que coloca-se a frente da lei, representada pelo delegado Williams (Frank Ferguson 1906-1978), e dos grandes proprietários de terra, que tem como porta voz John McIvers (Ward Bond, 1903-1960), que não querem ver atingidos seus privilégios com a chegada de forasteiros, a disputar-lhe os domínios das terras.

Mercedes McCambridge é Emma Small, arqui-inimiga de Vienna. Uma mulher frustrada, paranoica, que para destruir Vienna...

... usa ilicitamente da autoridade do delegado Williams (Frank Ferguson) e dos donos de terra, liderados por John McIvers (Ward Bond).

Emma merece um estudo acurado. Ela é uma mulher madura e solteirona, que culpa Vienna pela morte do irmão mais novo. Mas o motivo é bem outro, pois em verdade ela é apaixonada pelo bandido Dancin Kid (Scott Brady, 1924-1985), amante de Vienna. Uma paixão não correspondida que faz de Emma uma mulher frustrada, que vê no mundanismo e na feminilidade da inimiga uma agressão ao sentido de sua existência condicionada em meio ao ambiente rude e violento. Ray sempre confessou que gostaria de ter aprimorado mais a personagem de Mercedes McCambridge, que a compreendeu muito bem pelo quadro da ação como uma fera pronta para o ataque. 

Vienna é protegida pelo violeiro Johnny Guitar (Sterling Hayden), antigo amor do passado...

... e pelo atual amante, Dancin Kid (Scott Brady). Contudo, Vienna ama Guitar.

Vienna, já à contrária de Emma, é segura e vigilante, e muito embora se relacione com Dancin Kid, ela não é apaixonada por ele, mas sim por Johnny Guitar (Sterling Hayden, 1916-1986), um amor do passado que chega ao Arizona já dizendo para que veio: proteger a vida da amada e seu estabelecimento de jogo. Guitar, que na localidade assume o nome de Logan, é um violeiro, mas Vienna conhece muito bem seu passado de pistoleiro e rápido no gatilho, e ela acaba contratando-o como seu segurança. 

Dancin Kid lidera um pequeno bando, onde despontam o grosseiro Bart Lornegan (Ernest Borgnine), o adolescente Turkey Ralston (Ben Cooper), ...

... e o tuberculoso Corey, vivido pelo excelente Royal Dano.

Bart logo percebe que não deve provocar Johnny Guitar depois de perder uma briga.
Em realidade, Dancin Kid e seu bando de ladrões de banco, compostos por Bart Lornegan (Ernest Borgnine, 1917-2012), o tuberculoso Corey (Royal Dano, 1922-1994), e o jovem Turkey Ralston (Ben Cooper, 1933-2020) são bandidos nada comparados à turma de boçais de Emma Small, homens autointitulados da lei, em prol da moralidade e bons costumes, que usam de tais subterfúgios para usar a autoridade em suas próprias mãos para interesses pessoais. Muito embora um dos homens de Kid, Bart, dê trabalho para o grupo, Kid, assim como Johnny Guitar, quer preservar Vienna dos agressores instigados pela rival. 

Johnny Guitar enfrenta McIvers, observado por Vienna e Dancin Kid.

Johnny Guitar é o herói calmo e de sangue frio, ativo, ágil e violento, cuja personalidade vigorosa é destacada por Sterling Hayden.
Johnny Guitar, ao longo da trama, apresenta-se calmo e friamente para o espectador, mas como todos os membros masculinos da história, ele surge como ponto agudo da violência em permanente estado de ebulição. Ele é tão ativo, ágil e violento como alguns personagens de Ray, que, incompreendido, torna-se amargo e solitário. Sterling Hayden é o grande herói do filme, não por desempenhar o papel-título, mas porque dá ao personagem uma personalidade vigorosa.

Divulgação

Dancin Kid e Bart Lornegan.
Com Dancin Kid e o adolescente Turkey, o diretor Ray aprofunda sua sensibilidade dramática no sentido moral de toda perspectiva de sua obra, que é caracteristicamente, a de um não conformista, fato evidente em outras realizações do cineasta, até mesmo em seu evangelho cinematográfico Rei dos Reis (King Of Kings, 1961), que teve também a colaboração do roteirista Philip Yordan

Joan Crawford e Sterling Hayden em JOHNNY GUITAR (1954)

Em sua última entrevista, concedida a Kathryn Bigelow e Sarah Fatima Parsons, na Cinematographe Magazine, realizada em maio de 1979, mas publicada em julho do mesmo ano, portanto um mês depois de sua morte, Nicholas Ray foi questionado por uma das jornalistas:

Durante as filmagens de Johnny Guitar, eu li que você trazia flores para Mercedes McCambridge, mas não para Joan Crawford, ou vice-versa, apenas para criar uma tensão entre elas. É verdade?

O cineasta respondeu:

Uma noite, Joan Crawford ficou bêbada e jogou as roupas de Mercedes McCambridge na estrada. Ela era uma ótima atriz, mas às vezes a raiva tomava conta de seu temperamento. Elas eram muito diferentes e Crawford odiava McCambridge.

Joan Crawford e Nicholas Ray.

No catálogo da mostra O Cinema é Nicholas Ray (Centro Cultural Banco do Brasil-CCBB; pg. 34), há uma nota do crítico de cinema Ely Azeredo que acompanha a republicação de sua crítica de Johnny Guitar, na qual diz que as “correntes de sexualidade e política”, contidas no filme, “passaram praticamente despercebidas na época do lançamento”. O crítico observa:

A alegada bissexualidade de Ray facilitaria – driblando as censuras – que o ângulo histérico da trama fluísse a partir da tensão sexual entre Vienna e Emma. Apesar da sinalização heterossexual entre elas e “seus” pistoleiros, a libido não se esconde no conflito de poder entre as duas personagens.

Na mesma nota, Azeredo traz uma informação interessante:

Na época (do lançamento do filme, em 1955) não se sabia que a história chegou às mãos de Nicholas Ray depois de comprada por Joan Crawford; nem que os dois haviam sido amantes.

Johnny Guitar (1954) de Nicholas Ray

Em sua crítica na Tribuna da Imprensa, em agosto de 1955, Azeredo diz que Crawford “é apenas uma charge, sem espírito, de seus grandes dias”. Já para o crítico e cineasta François Truffaut, em Os Filmes da Minha Vida (Editora Nova Fronteira; pg. 179), sobre a atriz:

Está fora dos limites da beleza. Tornou-se irreal, como o fantasma de si própria. O branco invadiu seus olhos, os músculos seu rosto. Vontade de ferro, rosto de aço. Ela é um fenômeno. Viriliza-se ao envelhecer. Sua interpretação crispada, tensa, levada ao paroxismo por Nicholas Ray, é por si só um estranho e fascinante espetáculo.

Capa da edição em VHS lançada no Brasil em 1989, pelo selo Republic - Paris Vídeo. Acervo de Paulo Telles.

O saudoso crítico Rubens Ewald Filho (1945-2019), em sua resenha sobre JOHNNY GUITAR para o site UOL Cinema, aponta que Nicholas Ray sempre declarou que o sub-texto era lésbico, que Emma e Vienna haviam sido amantes e agora se enfrentavam como inimigas. Até porque na vida real, as duas estrelas, Crawford e McCambridge eram realmente inimigas e, ambas, alcoólatras. 

Mercedes McCambridge em um grande papel.

O confronto final entre Emma e Vienna.
O tiroteio final entre as duas rivais foi o tipo de subversão de convenções que levou alguns críticos a declarar JOHNNY GUITAR um filme feminista, e tal como Matar ou Morrer, de Fred Zinnemann, foi interpretado como uma alegoria anti-McCarthy, contra a histeria coletiva e a favor daqueles que defendem seus princípios. Seja qual for seu significado, o filme foi financiado pela Republic, uma produtora menor, sendo corajosamente barroca no uso que faz das cores (fotografia de Harry Stradling, 1901-1970) e na beleza da inesquecível canção tema, composta pelo mestre Victor Young (1900-1956) e interpretada por Peggy Lee (1920-2002).

JOHNNY GUITAR, em divulgação nos jornais em início de 1970 no Rio de Janeiro, em reprise nas três salas do Art Palácio, então existentes. Bons Tempos!

JOHNNY GUITAR é um western que não se deixa levar aos clichês do gênero, sendo concebido por um sentido exótico, poético, sofisticado e por uma fixação intelectual evidente em tão requintado roteiro de Philip Yordan, que nos remete a tragédia. Sem dúvida, merece integrar entre os críticos e cinéfilos como um dos dez maiores westerns do cinema, sendo um dos filmes mais idolatrados pelos críticos franceses e pelos cineastas da nouvelle vague, e um dos trabalhos mais notáveis e admiráveis do cineasta Nicholas Ray

O Mestre Victor Young compôs a trilha sonora.
A cantora Peggy Lee quem interpretou a canção-tema. 

POSTER ORIGINAL

Ano – 1954

País – Estados Unidos

Gênero - Western

Direção – Nicholas Ray

Produção – Nicholas Ray para Herbert J. Yates e Republic Pictures Produções.

Roteiro – Philip Yordan, com base no romance de Roy Chanslor.

Fotografia - Harry Stradling, em cores.

Montagem - Richard L. Van Enger.

Música – Victor Young, com interpretação de Peggy Lee.

Metragem – 110 minutos

Ward Bond e Mercedes McCambridge.

Joan Crawford – Vienna

Sterling Hayden – Johnny “Guitar” Logan

Mercedes McCambridge – Emma Small

Scott Brady – Dancin Kid

Ward Bond – John McIvers

Ben Cooper – Turkey Ralston

Ernest Borgnine – Bart Lonergan

Royal Dano – Corey

John Carradine – Old Tom

Paul Fix – Eddie

Frank Ferguson – Delegado Williams

Rhys Williams – Sr. Andrews

Ian MacDonald – Peter

Trevor Bardette – Jenkins

Denver Pyle – Posseman

Will Wright - Ned


domingo, 23 de julho de 2023

Alcatraz - Fuga Impossível (1979): Clint Eastwood e Um Acurado Estudo sobre o Sistema Penitenciário Norte-Americano, dirigido por Don Siegel.


Esta é a história real de Frank Morris (1926-1962?), que chegou a Prisão de Alcatraz (na ilha de mesmo nome, próxima à Baia de São Francisco) a 18 de janeiro de 1960, condenado como ladrão de bancos. Morris foi criado em orfanatos, e aos 14 anos, cometeu seus primeiros delitos, incluindo porte de entorpecentes e assalto com arma de fogo. Possuidor de uma inteligência acima da média (tinha Q.I. de 133) foi condenado à prisão, e depois de passar por várias prisões federais dos Estados Unidos, terminou em Alcatraz, cuja fama era de ser uma penitenciária "impossível" de se escapar.

O verdadeiro Frank Morris
Clint Eastwood no papel de Frank Morris
A Ilha de Alcatraz e seu famoso presídio

A ação de
ALCATRAZ, FUGA IMPOSSÍVEL (Escape From Alcatraz, 1979) começa justamente com a chegada de Morris (Clint Eastwood), depois de sentenciado à prisão perpétua.  Realizado em 1979 e dirigido por Don Siegel (1912-1991), o filme também é baseado no livro de J. Campbell Bruce (1906-1996), escritor e pesquisador, que durante anos estudou sobre a Prisão de Alcatraz, que segundo ele, houve 14 tentativas de fuga durante os 20 anos de existência do presídio. Dos 39 prisioneiros que escaparam, 26 foram recapturados, sete baleados, três morreram afogados – e os três restantes (entre eles o próprio Morris), simplesmente desapareceram.  Não se sabe, até hoje, se foram tragados pelo mar, ou se realmente conseguiram recuperar a liberdade.

A chegada de Frank Morris à Alcatraz
Divulgação

Frank Morris não é um preso comum, e não demora ele se tornará líder de uma fuga ousada.
A verdade é que a obra de Siegel, mais do que um filme de ação protagonizado por um ícone do gênero, é um estudo sobre a condição dos detentos e o conceito de aprisionamento. Com bem afirmou um crítico, “é menos um filme sobre prisão do que a ideia de estar preso”.  A trama versa em 1960, quando condenado à prisão perpétua, Morris (Eastwood) é transferido de Atlanta para Alcatraz, sendo vigiado pelo diretor do presídio, o cínico e frio Warden (Patrick McGoohan, 1928-2009), que em sua gestão orgulha-se de seus métodos e se vangloria de nunca ter havido uma fuga em Alcatraz. Warden acredita que enquanto for diretor do presídio, jamais se registrará uma fuga bem sucedida. 

Morris tem atrito com um dos presos, Wolf, o que o leva a ficar confinado em uma solitária por algum tempo.
Quando sai da solitária, Morris começa a armar um plano de fuga, tendo como aliados e amigos Litmus (Frank Ronzio)...
...e o pintor Doc (Roberts Blossom)
Mas as coisas para Morris não são fáceis. Após uma briga com Mastodonte Wolf (Bruce M. Fischer, 1936-2018), que tenta submete-lo a seus desejos sexuais, Morris é confinado numa solitária escura. De volta à cela, trava contato com outros presos já adaptados ao regime. São eles: Litmus (Frank Ronzio, 1920-1989), que possui um camundongo de estimação; Chester 'Doc' Dalton (Roberts Blossom, 1924-2011), que dispõe do privilégio de pintar; e o negro English (Paul Benjamin, 1938-2019), sentenciado a 99 anos de prisão. Com a chegada de dois ex-companheiros de Atlanta, os irmãos John (Fred Ward, 1942-2022) e Clarence Anglin (Jack Thibeau), Morris começa a elaborar um plano de fuga.

Morris tem no negro English (Paul Benjamin) uma espécie de conselheiro.
Morris e outro presidiário, o ingênuo Charley Butts (Larry Hankin) 
Butts, Morris, e Litmus

Embora a ação esteja centrada na longa e detalhada operação chefiada por Frank Morris, o script (do cineasta Richard Tuggle), sem perder de vista este foco, denuncia a crueldade do sistema penitenciário quando esta vem a ferir os direitos e garantias fundamentais e a dignidade da pessoa humana - sem entretanto perder o vigor cinematográfico de outras fitas do gênero de ação e presídio. ALCATRAZ, FUGA IMPOSSÍVEL, embora um ótimo filme, não oferece maiores novidades além de outros filmes abordados com o mesmo tema. Não possui, por exemplo, o impacto de uma rebelião, como aquela que demonstrada por Jules Dassin em Brutalidade, obra prima do diretor realizada em 1947 e estrelada por Burt Lancaster.  Mas apesar desta falha, ALCATRAZ, FUGA IMPOSSÍVEL consegue, sem sombras de dúvidas, manter de pé o interesse do espectador, mesmo passados mais de 40 anos de seu lançamento. 

Clint Eastwood como Frank Morris.

Morris começar a armar o plano da fuga...
...mas todo o cuidado é pouco, pois os guardas de Alcatraz estão em severa vigilância.
O maior mérito do filme advém diretamente de sua direção, promovida por um artesão ultra - experiente e de comprovada eficiência artesanal como Don Siegel, que mesmo sem perder o brilho evidenciado em outros trabalhos, consegue neutralizar as limitações geográficas e psicológicas da história. Siegel ainda reservou talvez uma das cenas mais violentas da película e difícil de esquecer: a de um dos prisioneiros, Doc (Roberts Blossom) cortar seus próprios dedos com uma machadinha, por lhe ter sido revogada a licença de pintar pelo diretor de Alcatraz. Quanto a Clint Eastwood, o ator limitou-se a executar o que o papel lhe exigia no plano da ação exterior, contudo com seu estilo inconfundível que o viria a caracterizar como um dos grandes durões das telas. 

Morris começa a fazer sua parte na elaboração da fuga
O cruel e desumano diretor do presídio, Warden, vivido por Patrick McGoohan.

Foto da verdadeira cela onde Morris ficou preso, e as evidências de sua fuga espetacular.
Os três homens que conseguiram fugir de Alcatraz em 11 de junho de 1962, e certamente comprometeram a reputação de Alcatraz como a prisão “impossível de escapar". Morris e seus dois comparsas cavaram túneis em suas celas e navegaram até a costa em uma balsa feita com capas de chuva roubadas. Para enganar os guardas, fizeram cabeças em tamanho real de papel machê e colocaram nas camas, como se desse a impressão de estarem dormindo.

Mas em 1963, um ano depois da escapada espetacular de Morris, o governo federal resolveu fechar o presídio, que hoje é um dos pontos de atração turística do Estado da Califórnia. Os corpos de Morris e dos irmãos Anglin nunca foram localizados. Somente algumas provas foram encontradas, e elas levam a crer que os prisioneiros morreram, mas, oficialmente, ainda estão listados como desaparecidos e provavelmente afogados. No filme de Siegel, encampa (de certo modo) a tese de que os fugitivos lograram escapar com vida, tese esta nem comprovada e nem desmentida pelo FBI. Em outubro de 2015, um documentário do canal "History" foi divulgado, onde foram apresentadas novas evidências que indicam que os irmãos Anglin não somente sobreviveram, como mantiveram contato com sua família e teriam fugido para o Brasil.

O diretor Don Siegel e Clint Eastwood nos bastidores das filmagens.
Modelo de cabeça feito pelo próprio Morris, de acordo com suas semelhanças físicas, que fez enganar os guardas de Alcatraz durante a fuga.

Divulgação do filme pelos jornais cariocas, em setembro de 1979.
ALCATRAZ, FUGA IMPOSSÍVEL, em seus 112 minutos de projeção, estreou nas salas de cinema do Rio de Janeiro, em grande circuito, em setembro de 1979. A fotografia é de Bruce Surtess (1937-2012), e trilha sonora de Jerry “Meu ódio Será Sua Herança” Fielding (1922-1980). 



Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Gênero: Drama/Criminal
Direção: Don Siegel
Produção: Don Siegel, Robert Daley, e Fritz Manes, para Malpaso, distribuído pela Paramount
Roteiro: Richard Tuggle e  J. Campbell Bruce (com base em seu livro)
Fotografia: Bruce Surtees, em cores
Música: Jerry Fielding
Metragem: 112 minutos

Clint Eastwood

Clint Eastwood – Frank Morris
Patrick McGoohan – Warden, diretor de Alcatraz
Roberts Blossom - Chester 'Doc' Dalton
Jack Thibeau - Clarence Anglin
Fred Ward - John Anglin
Paul Benjamin – English
Larry Hankin – Charley Butts
Bruce M. Fischer – Mastodonte Wolf
Frank Ronzio – Litmus
Fred Stuthman – Johnson
David Cryer – Wagner
Regina Balf – Lucy
Madison Arnold – Zimmerman
Denis Berkfeldt – Guarda
Jim Haynie – Guarda 2
Lloyd Nelson – Guarda 3
        Danny Glover – Detento
Candace Bowen – Filha de English

Um Convidado Bem Trapalhão (1968): Blake Edwards faz Peter Sellers promover uma festa de arromba!

UM CONVIDADO BEM TRAPALHÃO ( The Party ) , produzido em 1968, é considerada a comédia mais hilariante do eterno Peter Sellers (1925-19...