quinta-feira, 6 de julho de 2023

Robert Ryan: Astro das Telas e Ativista dos Direitos Humanos


Lembrado por uma variedade de delinquentes desajustados e fanáticos intransigentes, Robert Ryan (1909-1973) foi um liberal ativo que se transformava para fazer seus papéis. Alto, poderoso, e com uma voz inconfundível, Ryan eletrizou plateias com seu estilo durão e ameaçador, fazendo valer sua presença nas telas. Trabalhou para os mais conceituados cineastas de seu tempo (Jean Renoir, Robert Wise, Nicholas Ray, Anthony Mann, Edward Dmytryk, Samuel Fuller, Raoul Walsh, Fred Zinnemann, John Sturges, entre outros). Um dos atores mais talentosos do século XX,  que realizou com imensa competência todas suas interpretações, com seu impressionante currículo de personagens, entre heróis e vilões. Identificado como o mais expressivo rosto noir do cinema, foi apenas uma vez lembrado para um prêmio da Academia, como o sombrio assassino antissemita de Rancor (Crossfire, 1947). Fora de Hollywood, era um homem simples e humanitário, que gostava de passear com a família e viver longe das badalações de Hollywood, sendo também um ativista político, defendendo a igualdade racial e a luta pelos direitos civis. A coluna Cine Retro BoaVista - Cinema Com Poesia tem o prazer de levar até os leitores a vida e a Carreira do ator Robert Ryan, celebrando neste corrente ano de 2023, 50 anos de seu falecimento. 


Por Paulo Telles.
Colaboração: Flávia de Lacerda Telles.


A Sétima Arte se vangloria por ter possuído vários talentos em sua constelação cinematográfica. Da ala masculina, valem como destaques atores magnânimos que contribuíram com interpretações marcantes ao longo de suas carreiras. São nesses momentos que nos lembramos de Fredric March, Humphrey Bogart, Spencer Tracy, Edward G. Robinson, Robert Donat, Paul Muni, e claro, ROBERT RYAN.

INFÂNCIA
Robert Ryan com 8 anos.
Robert Bushnell Ryan, seu verdadeiro nome, era filho de Thomas Aloysius Ryan, um irlandês católico que trabalhava como executivo na área comercial, e de Mabel Arbutus Bushnell Ryan uma mulher descendente de ingleses, nascido a 11 de novembro de 1909, em Chicago. Na infância, o pequeno Bob Ryan era uma criança tímida e nunca perdeu essa qualidade por completo - mesmo depois de se transformar num futuro astro de Hollywood.

OS PRIMEIROS ANOS 
E O BOXE
Aos oito anos, John, seu irmão mais novo, morreu de gripe, lembrança cruel que o carregou até o fim de sua vida. Aos 26 anos, seu pai morre em consequência de uma batida de carro. Decidiu então entrar para uma academia de Boxe, e seu objetivo, era continuar os estudos para ingressar na faculdade, o que ele conseguiu. Lá, Bob conquistou vários títulos como campeão amador de peso-pesado da modalidade. Seu gosto era pela literatura, e tinha intenção de formar-se em jornalismo.

A IDEIA DE SE 
TORNAR ATOR

Com a chegada do ano de 1929, o fatídico ano da depressão, com a queda da bolsa de valores de Nova York, Ryan se recusava a entrar para a área comercial de seu pai, por isso, ele engrenou em vários trabalhos, como foguista de navios, Guarda-costas, vaqueiro, modelo fotográfico, e até cobrador de dívidas. Devido ao exercício destas profissões, muitas dos quais exigia trabalho braçal, é que explica tanta convicção e empenho nos personagens que tão bem representou no cinema. 

Look de Robert Ryan na época de modelo fotográfico.
Um amigo de sua mãe deu-lhe uma nomeação no Serviço Público Municipal de Chicago, mas um investimento de sorte com petróleo permitiu que Bob Ryan procurasse treinamento profissional em arte dramática. Ryan decidira ser ator quando um fotógrafo, que havia feito alguns ensaios com ele como modelo fotográfico, achou que ele era fotogênico e que correspondia bem as câmeras, e que ele poderia, influenciado por seu porte atlético conseguido com seus treinamentos no Boxe, conseguir fazer carreira no cinema. Ryan media 1m93cm de altura.

JESSICA CADWALADER 
RYAN
Robert com sua esposa Jessica Cadwalader Ryan. Casamento que durou 37 anos até o falecimento dela.
Imediatamente Bob foi para a Califórnia matricular-se no Playhouse de Pasadena, mas preferiu a Oficina Teatral de Max Reinhardt, uma das mais respeitadas em Hollywood. Lá, conheceu a aluna Jessica Cadwalader, com quem se casou em 1939, e que se tornaria sua esposa até o falecimento dela, em 1972. Jessica fez poucos trabalhos como atriz de cinema, preferindo ingressar na área de pedagogia e ensino, publicando livros infantis, e histórias de mistério.

OS PRIMEIROS DIAS 
EM HOLLYWOOD

Com pouco mais de 31 anos de idade, Bob Ryan começou a trabalhar como ator profissional em filmes musicais, mas eram papéis pequenos, ganhando 75 dólares por semana. Começou a fazer alguns filmes na Paramount, mas esta não se impressionou com Bob, que ao contrário do que diria aquele fotógrafo que o considerou fotogênico, o estúdio não o achou e ainda lhe disseram que não se enquadrava às câmeras.

Descartada pelo menos temporariamente sua ideia de ingressar no cinema, Ryan viu oportunidade no teatro. Sua primeira peça intitulou-se Um beijo de Cinderela, contracenando com Luise Rainer (1910-2014). O ex-marido dela, Clifford Odets (1906-1963), vendo-o na peça, viu nele uma presença viril que pudesse atrair o público feminino, e lhe ofereceu o papel de um jovem amante na peça Só a Mulher Peca/Clash By Night, na Broadway, e não demorou em ser notado por Peter Lorents, executivo da RKO.

Feito os primeiros testes na RKO, Bob foi aceito, e assinou contrato ganhando inicialmente 600 dólares por semana. Seus primeiros trabalhos no estúdio foram em filmes bélicos, que serviam praticamente como propaganda americana durante a II Guerra Mundial, como Bombardeio/Bombardier (1943), filme de dois diretores (Richard Wallace, Lambert Hilyer) como um jovem estudante da força aérea, contracenando com Randolph Scott e Pat O' Brien.

Ryan tentando escapar do "mata-leão" de Mike Mazurki em ATRÁS DO SOL NASCENTE (1943) de Edward Dmytryk.

Em 1943, Ryan conseguiu um bom papel no filme Atrás do Sol Nascente/Behind the Rising Sun, um esforço de guerra dirigido por Edward Dmytryk, estrelado por Tom Neal (1914-1972) e J. Carroll Nash (1896-1973), onde como um militar americano e prisioneiro de guerra teve que lutar em um duelo de  “vale tudo” com Mike Mazurki (1907-1990), desempenhando um lutador japonês. 

SERVINDO NA 
II GUERRA
Em 1944, Robert Ryan juntou-se ao serviço de guerra, alistando-se nos fuzileiros navais. Sua carreira em Hollywood foi ligeiramente interrompida pela Segunda Guerra Mundial. Por dois anos Bob trabalhou como instrutor no Corpo de Fuzileiros Navais, no acampamento do Capitão Pendleton.


Ryan testemunhou os efeitos psicológicos daqueles que combateram no Pacífico, e o difícil retorno daqueles que tentavam voltar a vida civil. Prestou auxílio aos feridos e aleijados, e viu o horror atrás do olhar assombrado dos que tinham vivido os eventos e a crueldade da Guerra, deixando seus camaradas, mortos em batalha, para trás. Isto fez com que, futuramente, o ator se dedicasse mais as causas humanas e sociais.

VOLTA À HOLLYWOOD 
EM GRANDE ESTILO.
Com Joan Bennett: A MULHER DESEJADA (1947) de Jean Renoir.
Com o fim da II Guerra, Ryan voltou às telas, para ser o galã de Joan Bennett (1910-1990), como um policial da Guarda Costeira que se apaixona por ela e ambos arquitetam matar o marido cego dela, no clássico A Mulher Desejada/The Woman on The Beach, de Jean Renoir (1894-1979), em 1947, um dos clássicos noir mais expressivos de todos os tempos.

Ryan como o assassino antissemita no clássico RANCOR (1947), de Edward Dmytryk. Sua única indicação ao Oscar como Melhor Ator Coadjuvante. Com Robert Mitchum e Robert Young.
Ryan eletrizou plateias com a claustrofobia noir que muito associaria o ator, que viveriA o psicopata assassino e antissemita procurado pela polícia em Rancor/Crosfire, de Edward Dmytryk (1908-1999) , que rendeu à Bob Ryan sua única indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, em 1947 (perdeu para Edmund Gwenn por De Ilusão Também se Vive, 1947). Ryan contracenou com dois de seus xarás: Robert Mitchum (1917-1917) e Robert Young (1907-1998). Por isso, Crossfire é também conhecido como o filme dos "três Roberts".

EXPRESSO PARA BERLIM (1948), com Merle Oberon, em uma obra expressionista dirigida por Jacques Torneur.
Mesmo não angariando um prêmio da Academia, o potencial artístico de Ryan não passou despercebido por executivos e produtores. Em 1948, o ator foi convocado para novo trabalho com o cineasta Jacques Tourneur, Expresso para Berlim/Berlin Express. Um eficiente suspense passado durante a II Guerra, com Ryan atuando com Merle Oberon (1911-1979), Paul Lukas (1894-1971), e Charles Korvin (1907-1998).

Com Van Heflin em ATO DE VIOLÊNCIA (1948), filme de Fred Zinnemann.

Ainda em 1948, a Metro Goldwyn Mayer obteve Ryan emprestado da RKO para realizar o ótimo Ato de Violência/Act of Violence, do diretor Fred Zinnemann (1907-1997), contracenando com o também ótimo Van Heflin (1910-1971), a jovem Janet Leigh (1927-2004), e a inigualável Mary Astor (1906-1987). Ryan vive um transtornado perseguidor que acredita que seu oficial superior e amigo (Heflin)o traíra e aos outros colegas a serem conduzidos a um campo de prisioneiros durante a II Guerra.


PUNHOS DE
CAMPEÃO (1949)
Aos 40 anos, em 1949, Robert Ryan atingiu sua consagração ao estrelar um dos maiores clássicos do cinema e talvez o melhor filme sobre o submundo do boxe, vindo a interpretar o herói trágico em Punhos de Campeão/ The Set-Up, de Robert Wise (1914-2005). Ryan, na pele de Bill "Stocker" Thompson, um veterano boxeador que quer largar o Boxe, mas para isso, ele quer vencer seu último combate.

Com Kevin O' Morrison e David Clarke: PUNHOS DE CAMPEÃO (1949), obra prima de Robert Wise. 
Depois de várias derrotas consecutivas, sua esposa, Julie (Audrey Totter, 1917-2013), apela para que ele desista do campeonato, mas ele não atende. Seus promotores foram corrompidos pela Máfia do Boxe, e Thompson ignora ser seu dever perder a luta para um lutador mais jovem, patrocinado pelos mafiosos. Seguido em sua determinação de vencer, depois de muitos assaltos, Thompson finalmente ganha a luta, mas ignora o envolvimento de seus patrocinadores com os mafiosos até o último momento, quando eles combinaram  que Thompson deveria perder a luta. Na saída, Thompson é cercado pelos mafiosos, e eles esmagam suas mãos para nunca mais lutar.

Robert Ryan como Bill "Stocker" Thompson. PUNHOS DE CAMPEÃO (1949).
Mesmo alquebrado, Thompson volta para casa, onde sua esposa aguarda ansiosa, mal conseguindo ele caminhar em direção à porta, caindo em plena calçada. Da janela, Julie o vê, e sai em sua direção, acudindo-o. No fim, Thompson diz a esposa: Eu venci, Julie...eu venci. E ela responde: Sim, querido, nós vencemos esta noite...nós vencemos!

Hal Baylor e Robert Ryan: PUNHOS DE CAMPEÃO (1949).
Sem dúvida, um dos melhores filmes de Boxe da história do Cinema. Bob Ryan usou sem o recurso de dublê sua experiência como boxeador, sem precisar de aulas de pugilismo, e segundo o diretor Robert Wise, foi o filme que menos deu trabalho ao cineasta, justamente por não exigir aulas de pugilismo ao ator principal.

Acudido pela amada Julie (Audrey Totter): PUNHOS DE CAMPEÃO (1949).
A Crítica Eileen Bowser realçou notas do filme Punhos de Campeão(“The Set-Up’’). Estas notas estão hoje preservadas no Museu de Arte Moderna de Los Angeles: "O filme “The Set-Up” é poupado de qualquer lirismo, sobre o submundo e a humanidade tão baixa, revelada no soberbo desempenho de Robert Ryan. Tenho pouco a dizer. Thompson é tão ignorante e ignóbil quanto os outros boxeadores. Olhem seu rosto golpeado. É derrotado. Contudo, remanesce uma sensibilidade poética em seus olhos e em seu sorriso ocasional. Seus olhos estão sempre prestando atenção em volta do ringue, e o vemos constantemente fazendo isso enquanto espera o próximo assalto. Thompson tem bastante dignidade humana para recusar a corrupção, por isso ele sofreu uma brutal agressão, não mais importando com sua carreira medíocre no Boxe. Na extremidade, ele tem muito orgulho de si mesmo pela vitória ganha naquela luta, e não faz nenhuma avaliação da consequência dela".

Com Barbara Bell Geddes e James Mason: CORAÇÃO PRISIONEIRO (1949), dirigido por Max Ophüls. 

NICHOLAS RAY

O currículo de Robert Ryan no cinema se intensificou, diversificando seus papéis entre heróis e vilões. São destaques: Coração Prisioneiro/Caught, de 1949, direção de Max Ophüls (1902-1957), onde Ryan interpretou um milionário com problemas cardíacos antagonizando com James Mason (1909-1984) pelo amor de Barbara Bel Geddes (1922-2005); e Alma sem Pudor/Born to be Bad, em 1950, o primeiro filme que fez para o diretor Nicholas Ray (1911-1979), que o consideraria como um dos seus melhores intérpretes ao lado de Humphrey Bogart. A Alma sem Pudor do filme foi vivida por Joan Fontaine (1917-2013). 

Vigiando a perversa Joan Fontaine: ALMA SEM PUDOR (1950), o primeiro filme com Ryan a ser dirigido por Nicholas Ray.

CINZAS QUE QUEIMAM (1951), com Ida Lupino. Outro dos clássicos com Robert Ryan dirigido por Nicholas Ray.
Cinzas que Queimam/On Dangerous Ground de 1951, outro filme que reuniu com o diretor Nicholas Ray. Ryan, novamente em seu estilo noir, oferece o melhor de sua atuação, na pele de um amargo policial que perde a noção de justiça, mas se rende ao amor da cega Ida Lupino (1918-1995). Um dos filmes mais bem realizados e elaborados pelo cineasta, que precisou da “humanização” do ator principal para o grande público, revelando para os espectadores de cinema o brilhantismo de Robert Ryan como ator. Sua interpretação como o policial amargo e violento passou para a amabilidade, quando seu personagem se apaixona por Lupino, mesmo depois de sair e matar o irmão dela, um fora da lei.

Como o mafioso cometendo crueldades, em A ESTRADA DOS HOMENS SEM LEI (1952), filme dirigido por John Cromwell e Nicholas Ray (não creditado).
Ryan ainda fez para Nicholas Ray o criminal A Estrada dos Homens Sem Lei/The Racket, em 1952, entretanto o cineasta não recebeu créditos (além de Ray foram mais quatro diretores: John Cromwell, Tay Garnett, Sherman Todd, e o ator Mel Ferrer, mas somente Cromwell foi creditado). Robert Mitchum fez o herói da história, um policial incorruptível, mas foi Bob Ryan que destacou-se como um mafioso cruel e arrogante, roubando quase todas as cenas, talvez um dos mais odiosos vilões já vistos num filme noir. No elenco ainda, Lizabeth Scott (1922-2015).

Com John Wayne: HORIZONTE DE GLÓRIA (1951) - filme de Nicholas Ray.
HORIZONTE DE GLÓRIA (1951)
 COM JOHN WAYNE.

Horizonte de Glória/Flying Leathernecks, ainda em 1951, foi outra obra prima idealizada por Nicholas Ray, com Ryan antagonizando com John Wayne (1907-1979) como um oficial americano humanitário da Força Aérea Americana, que entra em confronto com seu oficial superior (Wayne) que treina seus pilotos com rigidez.  Durante as filmagens, Ryan e Wayne não se bicavam, pois Duke, como é de conhecimento geral, era um republicano radical, e que partia para discussões violentas com quem não compartilhava com suas visões políticas. Ryan ficava chocado com o apoio de Wayne com a lista negra do "Caça as bruxas", assim como seu diretor, Nicholas Ray.

Com Marilyn Monroe: SÓ A MULHER PECA (1952), de Fritz Lang. Último filme de Ryan pela RKO.
SÓ A MULHER PECA (1952): 
COM MARILYN MONROE
Em 1952, o contrato de Robert Ryan com a RKO chegava ao fim, fechando com chave de ouro em um papel que ele havia desempenhado cerca de dez anos antes na Broadway, em peça escrita por Clifford Odets (1906-1963): o de um amante cínico e amoral em Só a Mulher Peca/Clash By Night,  do diretor Fritz Lang (1890-1976) atuando com Barbara Stanwyck (1907-1990),  Paul Douglas (1907-1959), e a então reveladora Marilyn Monroe (1926-1962).

Seduzindo Barbara Stanwyck: SÓ A MULHER PECA (1952).
Quando o filme estreou, a equipe da revista Variety foi dura com o filme, mas apreciou o trabalho de Barbara Stanwyck. O filme captura muito da monotonia de uma costeira cidade piscatória, pano de fundo da fita, mas apenas ocasionalmente vem a ocorrer a sugerida intensidade da narrativa. Barbara interpreta a itinerante que retorna com seu habitual ar desafiador e seu mau humor, infeliz no casamento com um corpulento e ingênuo pescador (Paul Douglas), mas que acaba encontrando em outro homem, um projecionista de filmes (Robert Ryan) a pegada que necessita. Ryan interpreta o amante de Barbara, que tem uma brutalidade sinistra, enquanto Marilyn Monroe, ainda em início de carreira, é reduzida a um papel pequeno.

MAN OF 
THE WEST
Robert Ryan também é associado aos westerns. Seu primeiro filme de destaque no gênero foi em 1947, O Passo do ódio/Trail Street, do diretor Ray Enright (1896-1965), sendo o parceiro de Randolph Scott (1898-1987). No ano seguinte o mesmo cineasta convocou os dois atores para A Volta dos Homens Maus]/Return of the Bad Men (1948), desta vez em lados distintos da lei, com Ryan como o vilão e Randy o mocinho.

Ryan como o vilão Sundance Kid em A VOLTA DOS HOMENS MAUS (1947).

Com Claire Trevor e John Archer: O MELHOR DOS HOMENS MAUS (1951)
Em 1951, Ryan foi o mocinho em O Melhor dos Homens Maus/Best of The Bad Men, de William D. Russell (1908-1968), com Claire Trevor (1910-2000) como seu par romântico, e Robert Preston (1918-1987) como o bandidão. Em 1952, o cineasta Budd Boetticher (1916-2001), um dos grandes mestres do Western, convocou Ryan para estrelar Império do Pavor/Horizons West, excelente faroeste que aborda a trama de dois irmãos, Ryan e Rock Hudson (1925-1985) em lados opostos da lei, em que há uma antológica sequencia – o massacre de uma expedição americana em território índio por inimigos invisíveis, cuja presença se descobre devido ao movimento da câmera à medida que eles passam.

Com Rock Hudson: IMPÉRIO DO PAVOR (1952), de Budd Boetticher.
O PREÇO DE UM HOMEM (1953), de Anthony Mann. James Stewart, Janet Leigh, Ralph Meeker e Millard Mitchell.
Em 1953, Anthony Mann (1906-1967) chamou Ryan para viver o bandido procurado Ben Vandergroat, uma mina de ouro para James Stewart (1908-1997) em O Preço de Um Homem/The Naked Spur. Stewart, como Howard Kemp, é um homem de princípios, mas devido aos traumas e perdas durante a Guerra Civil Americana (1861-1865) ele quer receber a recompensa sozinho, mas a contragosto acaba aceitando a contingência de outros dois aventureiros (Ralph Meeker & Millard Mitchell) que estão pelo mesmo objetivo. O western ainda traz Janet Leigh, cujo afeto acaba desarmando o personagem de Stewart. O Preço de Um Homem é considerado o melhor da série de cinco westerns dirigidos por Anthony Mann e estrelados por Stewart (os demais quatro foram Winchester 73, 1950/E O Sangue Semeou a Terra,1952/Região do Ódio, 1954/Um Certo Capitão Lockhart, 1955).

NAS GARRAS DA AMBIÇÃO (1955) - Faroeste Classe A da Fox, dirigido por Raoul Walsh. Ryan com Clark Gable e Jane Russell.
Em 1955, Ryan integrou o elenco de Nas Garras da Ambição/ The Tall Men, excelente western do Mestre Raoul Walsh (1887-1980) realizado para a Fox, onde antagonizou com Clark Gable (1901-1960) pela atenção de Jane Russell (1921-2011). O drama foi um duelo de mentalidades, já que os personagens vividos por Ryan e Gable divergiam sobre suas ambições. Vale lembrar a frase de Nathan Stark (Ryan) para com seu rival Ben Allison (Gable):

"Lá se vai o único homem que respeitei. Ele é todo homem que um menino gostaria de ser quando crescer, e gostaria de ter sido quando já está adulto".


Com Jeffrey Hunter: A BORDA DA MORTE (1956), de Robert D. Webb. 
Ainda na Fox, em 1956, Ryan estrelou com Virginia Mayo (1920-2005) e Jeffrey Hunter (1926-1969) o ótimo A Borda da Morte/The Proud Ones, de Robert D. Webb (1903-1990) no papel do xerife Cass Silver, que ao lado do ajudante Hunter tenta impor a lei e a ordem numa localidade cujos os desmandos são provocados por um dono de saloon (Robert Middleton, 1911-1977), e tendo ainda como drama paralelo os problemas de saúde do xerife, que tem ocasionais crises de cegueira depois que levou um tiro de raspão na cabeça.

Com Teresa Stratas: HERÓIS DA POLÍCIA MONTADA (1961), dirigido por Burt Kennedy.
Em 1959, Ryan estrelou para Andre De Toth (1913-2002) A Quadrilha Maldita/Day of The Outlaw, com Burl Ives (1909-1995) e Tina Louise. E em 1961, Ryan foi para o Canadá filmar Heróis da Polícia Montada/The Canadians, de Burt Kennedy (1922-2001), contracenando com John Dehner (1915-1992), Torin Thatcher (1905-1981) e a internacional cantora lírica Teresa Stratas, nascida no Canadá, em sua única incursão no cinema, no papel de uma pele vermelha. 

Com Spencer Tracy recebendo as orientações do produtor Dore Schary: CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO (1955), de John Sturges.
CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO (1955) -  COM SPENCER TRACY 

Um dos melhores filmes da safra de 1955, e o último de Spencer Tracy (1900-1967) para a Metro após duas décadas de contrato com o estúdio, Conspiração do Silêncio/The Bad Day at Black Rock foi filmado em pleno verão no deserto de Mojave, e também foi o primeiro filme da MGM em CinemaScope. A trama se direciona após dois meses do término da II Guerra Mundial. No vilarejo de Black Rock chega um veterano de guerra, John MacReedy (Tracy), que tem só um braço. Apesar da sua aparência calma e eremita, e por sua deficiência física, sua presença incomoda cada vez mais os moradores do local, em parte por ser o primeiro visitante em quatro anos (literalmente o trem nunca parava ali) e também por ficar cada vez mais claro que todos estão escondendo algo. Quando ele diz que está procurando Komoko, um japonês, a tensão aumenta e parece que todos do local obedecem a Reno Smith, um latifundiário vivido por Robert Ryan.

Sob os olhares dos técnicos e do diretor John Sturges, Spencer Tracy e Robert Ryan duelam seus talentos.
Espetáculo com clima de suspense, com ares detetivescos, e com um leve elemento de western dirigido por John Sturges (1910-1992), trazendo um show de interpretação entre dois grandes atores do cinema antigo - Spencer Tracy & Robert Ryan - o que garante e valoriza ainda mais a qualidade da película.

CASA DE BAMBU (1955) 
DE SAMUEL FULLER
Casa de Bambu/House of Bamboo realizado em 1955 pelo cineasta Samuel Fuller (1912-1997) foi uma das mais brilhantes utilizações do Cinemascope já exploradas no mundo da Sétima Arte. Remake de Rua Sem Nome/The Street with No Name, 1948, de  William Keighley, e estrelado por Richard Widmark e Mark Stevens, a ação da vez acontecia em Tóquio (com belas locações de filmagem, valorizadas pela fotografia de Joseph Macdonald), com Robert Ryan como o mafioso americano Sandy Dawson, que lidera na Terra do Sol Nascente uma quadrilha composta só por americanos que foram combatentes durante a Segunda Guerra. Após a morte de um policial japonês, o FBI envia para Tóquio o militar americano Eddie Kenner, interpretado por Robert Stack (1919-2003), a fim de investigar o assassinato. Para isso, disfarçado, Kenner infiltra-se na máfia de Dawson, e para operar melhor seus planos de desbaratar a quadrilha, finge amizade por ele. Mas a rivalidade entre os dois homens será inevitável.

Com Robert Stack, Yoshiko Yamaguchi, e Elko Hanabusa: CASA DE BAMBU (1955), obra prima de Samuel Fuller.
O cineasta brasileiro Ivan Cardoso entrevistou Fuller para a extinta revista Cinemin. O diretor americano chegou a declarar para o entrevistador  que Robert Ryan estava entre os atores com quem mais gostou de trabalhar (junto com outro mencionado, Lee Marvin), considerando-o um dos mais profissionais entre os atores. 

Com Tina Louise: O PEQUENO RINCÃO DE DEUS (1958) - Uma das melhores interpretações de Ryan, sob a direção de Anthony Mann.
ANTHONY MANN 
Entre 1957 e 1958 respectivamente, Bob Ryan atuou como ator principal em dois filmes dirigidos por Anthony Mann: Os Que sabem Morrer/Men in War e O Pequeno Rincão de Deus/God's Little Acre. O primeiro, um vigoroso drama de guerra, com Ryan interpretando o Major Benson, que durante a Guerra da Coréia, entra em conflito com seu sargento (Aldo Ray), por cada um possuir um ponto de vista sobre a guerra. Benson luta por dever, mas seu sargento luta por instinto. O segundo, Ryan tem a experiência de interpretar um caipira ingênuo e simplório, que acredita ter um tesouro em sua fazenda. A atuação de Ryan pode parecer cômica, mas seu personagem é dramático em toda sua simplicidade.

Como o humanitário Major Benson: OS QUE SABEM MORRER (1957)-  de Anthony Mann.

HOMENS EM FÚRIA (1959)

DE ROBERT WISE

Em 1959, Robert Ryan teve um novo encontro com o diretor Robert Wise (Punhos de Campeão) para realizarem Homens em Fúria/ Odds Against Tomorrow, com Wise também na produção pela empresa HarBel Productions, companhia fundada pelo protagonista do filme, o ator Harry Belafonte (1927-2023). Ele selecionou o roteirista Abraham Polonsky (1910-1999) para adaptar o romance de William P. McGivern (1918-1982). Como estava na Lista negra de Hollywood, Polonsky usou o nome de John Oliver Killens, um romancista negro amigo de Belafonte. Em 1996, o Guia dos Escritores da América restaurou o crédito a Polonsky.

Harry Belafonte enfrenta Robert Ryan, e Ed Begley no meio da briga:HOMENS EM FÚRIA (1959) de Robert Wise.
Odds Against Tomorrow é o primeiro filme noir com um personagem negro como protagonista. Foi o último filme do diretor Wise realizado em preto-e-branco em tamanho proporcional padrão de tela, que dava a seus trabalhos "um realismo que lhe tornou conhecido". Um ex-policial (Ed Begley) quer contratar dois homens para ajudá-lo no assalto a um banco: Earl Slater (Ryan), um ex-condenado branco, e Johnny Ingram (Belafonte), um apostador negro. Depois de relutarem, ambos aceitam, mas Slater odeia negros, e as tensões dentro do grupo crescem, partindo para um final trágico. Gabaritadas atuações de Ryan e Belafonte em profundo antagonismo.

TELEVISÃO E TEATRO
Com Katharine Hepburn, na peça ANTHONY AND CLEOPATRA, em 1960
A partir da primeira metade da década de 1950, Robert Ryan começa a atuar na televisão. Foi participante ativo dos programas Goodyear Theatre (entre os anos de 1957 e 58), Alcoa Theatre (1957/58), e Zane Grey Theater (1956 a 1959), que teve como anfitrião Dick Powell (1904-1963).  Foi ainda Jay Gatsby na versão de O Grande Gatsby no teleteatro Playhouse 90, em 1958, sendo dirigido por Franklin J. Schaffner (1920-1989). Ainda foi ator convidado em dois episódios da série de TV Caravana, em 1962 e 1964.  Tendo suas raízes no teatro, Ryan também foi membro ativo em peças teatrais. A partir de 1954, participou de montagens de William Shakespeare, como Coriolanus.  Interpretou São Thomas Beckett na montagem de Assassinato na Catedral, de T. S Eliot. Em 1960, outra montagem de Shakespeare, Anthony and Cleopatra, como Marco Antônio atuando ao lado da diva Katharine Hepburn (1908-2003). Foi nessa época que junto com John Houseman e Sidney Harmon fundou o grupo teatral da UCLA.  Mais tarde, em 1968, junto com Henry Fonda e Martha Scott fundou a Plumstead Playhouse Companhia de Repertório

Robert Ryan na pele de São João Batista, em REI DOS REIS (1961), obra sacra de Nicholas Ray.

SÃO JOÃO BATISTA EM

REI DOS REIS (1961)

Acostumado em interpretar inúmeros desajustados e vilões, Robert Ryan se surpreendeu quando o escalaram para interpretar o último profeta do Antigo Testamento na superprodução bíblica Rei dos Reis/King Of Kings (1961), João Batista, o santo eremita que batizou Jesus Cristo nas margens do Rio Jordão, na Palestina. A obra foi dirigida pelo velho parceiro do ator, Nicholas Ray, e versa sobre a vida e paixão de Cristo (interpretado por Jeffrey Hunter). Trabalhou por duas semanas na Espanha sob a supervisão de Ray antes de voltar para os Estados Unidos, para atuar na peça com Katharine Hepburn Anthony and Cleopatra. Ryan chegou a comentar que ficou surpreso ao receber o papel, pois contava ganhar a parte de Judas Iscariotes (que ficou para Rip Torn) pelo fato de desempenhar no cinema, em grande parte, figuras vilanescas

Ryan com John Wayne em O MAIS LONGO DOS DIAS (1962) - mega produção de Daryl F. Zanuck para 20th Century-Fox.
OUTRAS PRODUÇÕES

Em 1962, Robert Ryan ingressou no papel do Brigadeiro americano James Gavin na ambiciosa produção bélica da 20th Century-Fox, O Mais Longo dos Dias/The Longest Day produzida por Darryl F. Zanuck (1902-1979), espetáculo que conta as últimas horas para do DIA-D, operação realizada a 6 de junho de 1944 que marcou o começo do fim da II Guerra Mundial, quando as forças aliadas invadiram a Normandia, baseado em livro de Cornellius Ryan (1920-1974). Elenco multiestrelar (John Wayne, Henry Fonda, Robert Mitchum, Rod Steiger, Richard Burton, Mel Ferrer, Sean Connery, Jeffrey Hunter, Roddy McDowall, Curd Jurgens, Peter Lawford, Robert Wagner, entre outros). Foi o filme em preto & branco mais caro já realizado (US$ 10 milhões), e o filme em preto & branco que maior renda obteve na história do cinema (US$ 17, 5 milhões só no mercado norte-americano), chegando a competir ao Oscar de melhor filme de 1962 (perdeu para Lawrence da Arábia, de David Lean), mas em compensação conquistou os Oscares de melhores efeitos especiais e melhor fotografia em preto & branco.  O MAIS LONGO DOS DIAS foi dirigido por cinco diretores: Ken Annakin, Andrew Marton, Bernard Vicky, Gerd Oswald, e Darryl F. Zanuck ( não creditado).

O VINGADOR DOS MARES (1962) - Com Terence Stamp e Peter Ustinov, que também dirigiu o filme. 
Ainda em 1962, Ryan rodou na Inglaterra O Vingador dos Mares/Billy Budd, no papel de um sádico Mestre de Armas de um navio, em que o personagem-título (interpretado por Terence Stamp) é torturado física e psicologicamente. A fita, baseada em romance de Herman Melville (Moby Dick), foi dirigida por Peter Ustinov (1921-2004), que fez também a parte como o comandante do navio. 

PAPÉIS QUE NÃO PEGOU

Geralmente focado e disciplinado, Robert Ryan raramente recusava convites para atuar nos filmes. Entretanto, ele teve em mãos dois papéis importantes, e curiosamente, em filmes bíblicos. Ele foi considerado para viver o vilão Messala no estrondoso épico Ben-Hur, de William Wyler, em 1959. Mas devido ao contrato com dois filmes para a United Artist, ele desistiu de pegar a parte, que foi para Stephen Boyd. Anos antes, foi um dos candidatos para interpretar Sansão no clássico de Cecil B. DeMille Sansão e Dalila, em 1949. Mas o papel ficou para Victor Mature. 

OSCAR
Embora fosse agraciado com soberbas interpretações, Robert Ryan foi indicado apenas uma única vez para uma premiação da Academia – justamente por Rancor-Crossfire (1947), para Melhor Ator Coadjuvante. Depois disso, nunca mais obteve uma indicação, muito embora fizesse parte de várias cerimônias do evento, exibidas pela televisão. 

POLÍTICA
Na Política, Ryan foi um democrata ativo, trabalhou para as boas relações entre as raças e para o desarmamento. Ajudou a organizar e a dirigir um grupo de teatro na Universidade da Califórnia, e em 1951, Ryan, ajudado por sua esposa Jessica, fundou a Escola de Oakwood, com a missão de promover valores humanísticos. A escola, que foi aberta no quintal da casa dos Ryans, é considerada até hoje uma das melhores dos Estados Unidos. Na década de 1960, Robert Ryan tornou-se uma "pomba militante", conduzindo o comitê que já fazia os primeiros protestos contra a Guerra do Vietnã. Em 1962, Ryan mudou-se com a família para Nova York, onde ficou por três anos sem atuar em algum filme, preocupado com o ritmo de coisas que vinham acontecendo nos Estados Unidos, desde os problemas com o Vietnã, até com possíveis ameaças a vida do Presidente John Kennedy (o que ocorreu de fato, com seu assassinato em novembro de 1963), e o ator, contribuindo, como podia, para as causas sociais e políticas dos EUA, como um grande ativista dos direitos humanos.


Participou da Convenção Democrata de 1968 em sua terra natal, Chicago, apoiando o Senador Democrata Eugene McCarthy. Ryan, como muitos atores e profissionais de cinema norte-americanos, foram chamados para interrogatório do famigerado “caça as bruxas” do Senador Joseph McCarthy. Ryan lembrou anos mais tarde:

"Quando McCarthy começou o interrogatório, eu esperei ser um alvo simples...mas não. Acho que ele viu que eu por ter um nome irlandês, ser filho de católico, e ex-Fuzileiro da Marinha, ele abrandou com suas perguntas".

Robert Ryan foi membro ativo do ACLU(do português, UNIÃO AMERICANA DAS LIBERDADES CIVIS), um grupo de pensamento liberal e democrata americano, além de ser membro dos UN, sendo presidente na filial desta do sul da Califórnia. 
FAMÍLIA
Ryan com a esposa Jessica e os filhos pequenos Walker e Cheyney.
Fora do ambiente hollywoodiano, e vivendo modestamente, Ryan e Jessica educavam seus filhos dentro dos valores humanitários, e a esposa de Ryan, uma educadora, juntamente com o marido, abriram um centro de aprendizagem que oferecia uma alternativa as escolas públicas que não tinham vagas devido a aglomeração, a Escola de Oakwood. Com Jessica, Ryan teve três filhos: Walker (nascido em 13 de abril de 1946), Cheyney (10 de março de 1948) e Lisa (10 de setembro de 1951).

Com a filha Lisa, em 1955.
A escola foi aberta dentro do quintal de sua casa. Alguns vizinhos, de pensamentos conservadores e republicanos (para não dizer reacionários!), não viram o projeto do ator e de sua esposa com bons olhos, e inclusive chegaram a pinchar as portas da casa do ator, com cruzes, e ofensas, chamando-o de "comunista".

Ryan com os filhos Cheyney e Lisa, e sua esposa Jessica, em 1969.
Ryan era avesso às badalações de Hollywood, e mesmo ganhando muito dinheiro, preferiu levar uma vida modesta com sua família. Decerto que suas ações nas telas, na personificação de vilões, delinquentes e psicopatas, contrastavam com suas reais atitudes humanitárias. Sua capacidade de desempenhar pessoas que nada tinham a ver com sua personalidade era na realidade uma obstinada adesão a um padrão artístico que o ator desenvolveu a partir de suas próprias experiências.

VOLTA ÀS TELAS
De volta ao cinema após um período de três anos, Robert Ryan marcou presença nas seguintes produções:

UMA BATALHA NO INFERNO (1965) - Com Henry Fonda.
Uma Batalha No Inferno/Battle of The Buldge, em 1965, trouxe Ryan junto a Henry Fonda, Robert Shaw, e Telly Savalas, sobre o conflito nas Ardenas durante a II Guerra, em um vigoroso espetáculo bélico no formato Cinerama, dirigido por Ken Annakin (1914-2009).

Ryan entre OS PROFISSIONAIS (1965), de John Sturges. Burt Lancaster, Lee Marvin e Woody Strode.
Os Profissionais/The Professionals, em 1966, Western que procurou dar uma resposta aos faroestes italianos. Com direção de Richard Brooks (1912-1992), tem uma movimentada aventura com um elenco de primeira grandeza (além de Ryan, Lee Marvin, Burt Lancaster, Jack Palance, e Claudia Cardinale).

A Hora da Pistola/Hour of The Gun - memorável western de John Sturges produzido em 1966 que retoma ao tema de Sem Lei e Sem Alma, realizado pelo cineasta 10 anos antes. Não se trata de uma sequência da fita com Burt Lancaster e Kirk Douglas, mas de uma versão mais realista do tiroteio de OK. Corral, com James Garner (1928-2014) como Wyatt Earp, Jason Robards (1922-2000), e Robert Ryan desempenhando Ike “Old Man” Clanton.

Rendido por Charles Bronson: OS DOZE CONDENADOS (1967), de Robert Aldrich.
Os Doze Condenados/The Dirty Dozen, aventura de Guerra dirigida por Robert Aldrich (1918-1983) com elenco all-star (Lee Marvin, Charles Bronson, Ernest Borgnine, John Cassavetes, Jim Brown, Clint Walker, e outros), e rodado em locações e estúdios britânicos.


Os Bravos não se Rendem/Custer of the West, feito na Espanha em 1968, em uma breve participação de Ryan, com Robert Shaw (1927-1978) como o intrépido e arrogante militar norte-americano George Armstrong Custer (1839-1876), em uma cinebiografia sem fantasias dirigida por Robert Siodmak (1900-1973). 
Com Arthur Kennedy, no faroeste italiano CAÇA AO PISTOLEIRO (1967).
Caça ao Pistoleiro/Minuto por Pregare Un Instante Por Morire (Itália)/Dead Or Alive (EUA) - exemplar de Western Spaghetti, atuando ao lado de Arthur Kennedy (1914-1990) e Alex Cord (1933-2021) e rodada em Alméria, Espanha, sob a direção de Franco Giraldi (1931-2020).

MEU ODIO SERA 
SUA HERANCA
(1969)
Em 1969, o cineasta “Poeta da ViolênciaSam Peckinpah (1925-1984) apresentou para as plateias do mundo seu surpreendente espetáculo Meu Ódio Será Sua Herança/The Wild Bunch, 1969, considerada por muitos sua obra máxima no cinema, que revitalizou o Western americano até então superado pelas produções europeias do gênero. Ryan foi convocado para viver Dick Thorton, um caçador de recompensas outrora fora da lei, que persegue a quadrilha de seu ex-comparsa Pike Bishop (William Holden).

Com Albert Dekker, em MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA (1969), obra do Western por Sam Peckinpah.
O sucesso de The Wild Bunch teve merecidos méritos, entre os quais as destacáveis e soberbas atuações de Ryan, Holden, Ernest Borgnine, e a assinatura de um grande cineasta como Sam Peckinpah.  Peckinpah era um diretor imprevisível. De temperamento agitado, ansioso, e às vezes até violento, ele recorreu ao álcool e a cocaína como meio de fuga depois de 1965. Poderia falar bem ou mal de seus atores, mas quando falava mal, nem sempre era no cara a cara. Teria tido um desentendimento com Robert Ryan (que na época já estava doente) e pensou em chama-lo para brigar. Mas ao informarem que o veterano ator havia sido pugilista e campeão de boxe amador na faculdade, Peckinpah teria se esquivado e passado a tratar melhor o ator. 

OS RYAN: Os filhos Chayney e Lisa, e a esposa Jessica, em uma viagem  de cruzeiro, em 1970.
ÚLTIMOS TRABALHOS
MATO EM NOME DA LEI (1970) - de Michael Winner. Último western de Ryan.
Quando a década de 1970 se inicia, Robert Ryan descobre que tem câncer, mas ainda continua trabalhando. Em 1970, fez para o diretor Michael Winner (1935-2013) Mato em Nome da lei/Lawman, de 1970, western tenso e psicológico com dimensão de tragédia grega, atuando com o amigo Burt Lancaster, e ainda no elenco Jee J. Cobb (1911-1976) e Albert Salmi (1928-1990). Ryan gostou tanto de trabalhar com o jovem cineasta inglês que declarou: "Um novato que gosta de montar o filme na câmera, como o Velho Ford (John Ford)"

Com o amigo Burt Lancaster, em seu último filme: O ASSASSINATO DE UM PRESIDENTE (1973).
Ryan despediu-se das telas com  Assassinato de um Presidente/Executive Action, de 1973,de David Miller, também  estrelado por Lancaster, retratando sobre o assassinato do Presidente Kennedy, e a possível conspiração dos bastidores de dentro da própria Casa Branca. 


O CINEMA SEGUNDO 
ROBERT RYAN


Ao longo de quase quatro décadas, Robert Ryan não foi apenas um ator brilhante e competente, mas também um ilustre observador da indústria cinematográfica e crítico ao andamento do cinema moderno. Destacam-se a seguir alguns dos comentários proferidos pelo saudoso ator, em entrevista concedida em 15 de julho de 1971 e publicada na ocasião pelo jornal O Globo:

SOBRE O SISTEMA DE ESTÚDIO EM HOLLYWOOD: O velho sistema de estúdios em que comecei tinha muitos erros e apenas um par de virtudes. O que havia de errado, principalmente, era o conformismo diante de um certo tipo de filmes. A escolha era limitada. Existia os Westerns, a história triste de amor, e os filmes de Louis B Mayer sobre gente bonita e rica, morando em casas de luxo e levando uma vida sem problemas.

SOBRE A VIOLÊNCIA NO CINEMA: Nunca poderá se dizer com certeza se retratar a violência é uma coisa boa ou ruim. Alguns afirmam que tais filmes incitam a agressividade. Outros acham que evitam que as mesmas aconteçam na vida real. Na verdade não existe uma resposta exata. A violência faz parte dos dias atuais. É impossível negar isso. Só espero que se encontre outro caminho.

AS MULHERES: As mulheres ainda preferem o romantismo que é o que aparece agora nos seriados pela televisão. É a crise doméstica noite após noite, semana após semana. Para elas, a comédia burlesca é mais atraente do que a violência. A mulher nunca ri vendo um tipo levar um pontapé no traseiro. Um homem sim.

SOBRE A DIREÇÃO CINEMATOGRÁFICA E TEATRO: Não tenho o menor desejo de me tornar diretor. Talvez entre os atores eu seja um caso único. Também não me sinto tão apetecido pelo palco, muito embora tenha começado nele quando tinha 28 anos e ainda participe de muitas produções teatrais. A verdade é que o teatro oferece a vantagem de contato direto com o público. Mas a força de representar o mesmo papel todas as noites, numa longa temporada, o ator costuma se cansar. No fim pode até acabar dando um tiro na cabeça ou incendiar o teatro (risos).

SOBRE SPENCER TRACY, MARLON BRANDO E DUSTIN HOFFMAN: Quando comecei em Hollywood, era capaz de passar horas a fio vendo Spencer Tracy trabalhar. Mas nunca tentei imita-lo e seria a pior coisa para um ator. Por exemplo, Marlon Brando, por ser único e tão brilhante, conseguiu arrasar uma geração de atores que tentavam copiar seu estilo. Desta nova geração, admiro Dustin Hoffman, que é um bom ator, mas um ator de caráter. Quando iniciei minha carreira, ninguém seria capaz de fazer o mesmo que Dustin: um filme de grande êxito como “The Graduate” (A Primeira Noite de Um Homem), e há pouco, “John and Mary”, que quase passou despercebido. Era o tempo do Star-System, onde o astro tinha que manter bilheteria para continuar trabalhando. Hoje em dia pode surgir um ator brilhante que desaparece de circulação depois de um ou dois filmes. O cinema atual garante uma roda viva de atores e atrizes excelentes, mas apenas de fama temporária.

SER ATOR É NUNCA PARAR: Sinto-me quase totalmente livre de sentimentos atormentados como o ciúme e a inveja. Hoje em dia sou muito mais capaz de admirar os outros, de reconhecer meus próprios erros e, por conta disso, de ser mais feliz também. Quando olho para essa nova geração que está começando, lembro-me de um conselho que recebi de um produtor radiofônico a quem pedi trabalho. Eu tinha 28 anos e já era um pouco velho para começar. Ele me falou: “a carreira de ator leva muito tempo para ser aprendida. Você tem que agarrar cada oportunidade que surgir e nunca parar, não importando o que vai ter que fazer e nem quanto vai ganhar”. E isso é verdadeCerta vez, fiquei um ano em Long Island numa companhia teatral representando todos os papéis do repertório. Foi duro, passei apertos, mas experiência revelou-se formidável.  Como disse John Ford, ninguém se torna melhor diretor não dirigindo. O conselho vale igualmente para quem quer ser ator


ÚLTIMOS 
MOMENTOS

Ryan costumava dizer que nasceu para ser um solitário, influenciado pela precoce morte do irmão John, em 1917. Algo que o fez refletir durante muito tempo, principalmente em 1972, quando sua esposa Jessica faleceu vítima de câncer, após 37 anos de um convívio feliz. Mas o ator também estava travando luta também contra a doença, no entanto, ele não se entregou. Viúvo, e diagnosticado dois anos antes com o mesmo mal, procurou, mesmo em seus derradeiros dias, atuar e trabalha. Ele fez uma declaração sobre seu estado de saúde à imprensa:


"Então o que diabos eu tenho para reclamar? Meu irmão morreu na idade de 8 anos e sempre pensei nele em toda a minha vida. Ele sequer começou a vida dele. No início, você entra em choque, e então depois, você se conforma. Eu sou muito mais tolerante agora do que antes, que sei que estou no fim do meu tempo. Eu vejo as árvores, as flores, e as meninas bonitas. Eu vejo a beleza que eu tinha esquecido. Em verdade, hoje aprecio melhor a vida no seu dia a dia".

Robert Ryan morreu a 11 de julho de 1973, aos 63 anos de idade, de câncer no pulmão, num hospital de Nova York. Pouco antes de sua morte, Ryan mudou-se para um apartamento (número 72) no edifício Dakota, em Nova York. Mais tarde, seus filhos alugaram (e em seguida, venderam) o apartamento para John Lennon e Yoko Ono. O ator também declarou publicamente seu uso constante de cigarros por conta de sua enfermidade.

O funeral de Ryan foi realizado a 16 de julho de 1973, na Igreja do Santíssimo Sacramento, em Manhattan.  Presentes a cerimônia estavam, entre outros, Myrna Loy, Jason Robards, Dore Schary e John McGiver. Seus restos mortais repousam em jazigo da família.  

Um ator notável, poderoso, inteligente e culto, segundo seus fãs e amigos. Nos últimos anos em que veio lutando contra a doença, Robert Ryan nunca esmoreceu, e tudo que declarou para colegas de profissão e amigos pessoais se confirmavam perante a personalidade forte do artista:

Representei uma variedade de papéis muito maior do que as pessoas imaginam. Pelo que parece, já viram. O fato de muita gente pensar que só representei tipos grosseiros e vilões me faz acreditar que nunca viram a maior parte dos meus filmes No entanto, nunca deixei de trabalhar de forma que não tenho motivo de queixa” – Declarou Ryan pouco antes de seu falecimento.

LEGADO

Amigos próximos e colegas de profissão lamentaram muito a perda do grande ator, e possivelmente um dos maiores humanistas do Século XX. De seus amigos mais íntimos, estava o também saudoso Ernest Borgnine (1917-2012), com quem atuou em três filmes.

Ernest Borgnine, um dos melhores amigos de Robert Ryan
Por volta do ano de 1999 ou 2000, um fã de Borgnine pediu-lhe um autógrafo, e mostrou uma foto da equipe de atores de Meu ódio Será sua Herança,  e na foto estava, entre outros, Robert Ryan. Ao ver a imagem do saudoso amigo, Borgnine se emocionou, dizendo que era um ator e um ser humano maravilhoso, e nisso uma lágrima veio a escorrer no rosto de Borgnine. O veterano ator se recompôs,  enxugou a lagrima, assinou a foto para o fã, e foi embora. Dos amigos mais chegados de Ryan ainda estavam os atores Cary Grant, Lee Marvin, e Myrna Loy.

Ryan com Jeff Bridges em O HOMEM DE GELO (1973).
Atores como Jeff Bridges (que atuou com Ryan) e Kris Kristofferson tem Robert Ryan como ator favorito. Um dos filhos de Ryan, Cheyney C. Ryan, é pesquisador da Universidade de Oxford e professor de filosofia e direito na Universidade de Oregon.


Outro filho do ator, Tim, declarou em um artigo alguns anos atrás no jornal Chicago Reader, que seu pai achava que “tinha um monte de demônios” e que falava frequentemente sobre seu estado de espírito “negro irlandês”, como ele brincava. Quem sabe Ryan percebendo que tinha todas essas pessoas a agir dentro dele foi uma maneira de exorcizá-los? Ou quem sabe pudesse realmente conhecer alguém em seu passado que se tornou a inspiração para as almas danificadas que ele expressou no cinema? Seja como for, a Sétima Arte ganhou seu maior tributo através do talento e na humanidade de Robert Ryan, cujos méritos não merecem ser esquecidos, passados mais  de 50 anos de sua morte. 

FILMOGRAFIA

O CASTELO SINISTRO – The Ghost Breakers - 1940- PARAMOUNT – Direção: George Marshall. Elenco: Bob Hope, Paulette Goddard, Richard Carlson, Paul Lukas, Pedro de Cordoba, Anthony Quinn, Robert Ryan (não creditado).

MULHER DIABÓLICA - Queen of the Mob – 1940 – PARAMOUNT – Direção: James P. Hogan. Elenco: Ralph Bellamy, Blanche Yurka, J. Carroll Nash, Jeanne Cagney, Richard Denning, Hedda Hopper, Robert Ryan (não creditado).

LUVAS DE OURO - Golden Gloves - 1940- PARAMOUNT -Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Richard Denning, Jeanne Cagney, J. Carroll Nash, Robert Paige, Edward Brophy, Robert Ryan.

LEGIÃO DE HERÓIS - North West Mounted Police – 1940 – PARAMOUNT - Direção: Cecil B DeMille. Elenco: Gary Cooper, Paulette Goddard, Preston Foster, Robert Preston, George Bancroft, Ward Bond, Akim Tamiroff, Walter Hampden, Boris Karloff, Robert Ryan (não creditado).


A VOLTA DOS MOSQUETEIROS – Texas Rangers Rides Again – 1940 – PARAMOUNT - Direção: James P. Hogan. Elenco: Ellen Drew, John Howard, Akim Tamiroff, May Robson, Broderick Crawford. Robert Ryan (não creditado).


Robert Ryan com Randolph Scott e Anne Jeffreys: O PASSO DO ÓDIO (1947)
BOMBARDEIO – Bombardier – 1943 – RKO - Direção: Richard Wallace e Lambert Hillyer. Elenco: Pat O’ Brien, Randolph Scott, Anne Shirley, Eddie Albert, Walter Reed, Robert Ryan, Barton MacLaine, Leonard Strong.

TUDO POR TI - The Sky's the Limit – 1943 – RKO – Direção: Edward H. Griffith. Elenco: Fred Astaire, Joan Leslie, Robert Benchley, Robert Ryan, Elizabeth Patterson.

FORJADOR DE HOMENS - The Iron Major – 1943- RKO – Direção: Ray Enright. Elenco: Pat O’ Brien, Robert Ryan, Ruth Warrick, Leon Ames, Russell Wade, Bruce Edwards.

ATRÁS DO SOL NASCENTE - Behind the Rising Sun – 1943- RKO – Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Margo, Tom Neal, J. Carroll Nash, Robert Ryan, Gloria Holden, Donald Douglas, Mike Mazurki, Leonard Strong.

UM DRAMA EM CADA VIDA - Gangway for Tomorrow – 1943 – RKO - Direção: John H Auer. Elenco: Margo, John Carradine, Robert Ryan, Amelita Ward, William Terry, Harry Davenport.


Com Ginger Rogers: MULHERES DE NINGUÉM (1943)
MULHERES DE NINGUÉM - Tender Comrade – 1943- RKO – Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Ginger Rogers, Robert Ryan, Ruth Hussey, Patricia Collinge, Kim Hunter.

INFERNO NO PACÍFICO - Marine Raiders – 1943- RKO – Direção: Harold D. Schuster. Elenco: Pat O’ Brien, Robert Ryan, Ruth Hussey, Frank McHugh, Barton MacLaine, Martha Vickers, Richard Martin.

O PASSO DO ÓDIO - Trail Street – 1947 – RKO – Direção: Ray Enright. Elenco: Randolph Scott, Robert Ryan, Anne Jeffreys, George “Gabby” Hayes, Madge Meredith, Steve Brodie, Billy House.

A MULHER DESEJADA - The Woman on the Beach – 1947- RKO – Direção: Jean Renoir. Elenco: Joan Bennett, Robert Ryan, Charles Bickford, Nan Leslie, Walter Sande, Irene Ryan.

RANCOR- Crossfire – 1947- RKO – Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Robert Young, Robert Mitchum, Robert Ryan, Gloria Grahame, Paul Kelly, Sam Levene,  Jacqueline White, Steve Brodie, George Cooper, Lex Barker.

Poster americano de EXPRESSO PARA BERLIN (1948).
EXPRESSO PARA BERLIM – Berlin Express – 1948- RKO – Direção: Jacques Tourneur. Elenco: Merle Oberon, Robert Ryan, Charles Korwin, Paul Lukas, Robert Coote, Reinhold Schünzel, Roman Toporow, Peter von Zerneck.

A VOLTA DOS HOMENS MAUS – Return of the Badmen – 1948- RKO – Direção: Ray Enright. Elenco: Randolph Scott, Robert Ryan, Anne Jeffreys, Jacqueline White, Steve Brodie, Tom Keene, Lex Barker, Walter Reed, Robert Armstrong, Tom Tyler.

O MENINO DOS CABELOS VERDES - The Boy With Green Hair- 1948 – RKO – Direção: Joseph Losey. Elenco: Pat O’ Brien, Robert Ryan, Barbara Hale, Dean Stockwell, Richard Lyon, Regis Toomey.

Looby Card de PUNHOS DE CAMPEÃO (1949)
ATO DE VIOLÊNCIA – Act of Violence – 1948 – METRO (MGM) – Direção: Fred Zinnemann. Elenco: Van Heflin, Robert Ryan, Janet Leigh, Mary Astor, Phyllis Thaxter, Berry Kroeger, Taylor Holmes.

CORAÇÃO PRISIONEIRO – Caught – 1949 – METRO (MGM) – Direção: Max Ophüls. Elenco: James Mason, Barbara Bel Geddes, Robert Ryan, Frank Ferguson, Curt Bois, Natalie Schafer.

PUNHOS DE CAMPEÃO – The Set-Up – 1949 – RKO - Direção: Robert Wise. Elenco: Robert Ryan, Audrey Totter, George Tobias, Alex Baxter, Wallace Ford, Percy Helton, Hal Baylor, Darryl Hickman, Kevin O'Morrison, David Clarke, James Edwards.

NUVENS DE TEMPESTADE - The Woman on Pier 13 – 1949 – RKO- Direção: Robert Stevenson. Elenco: Robert Ryan, Laraine Day, John Agar, Thomas Gomez, Janis Carter, Richard Rober.

CADA VIDA…SEU DESTINO - The Secret Fury – 1950- RKO- Direção: Mel Ferrer. Elenco: Claudette Colbert, Robert Ryan, Paul Kelly, Jane Cowl, Philip Ober, Vivian Vance.

Divulgação de um jornal carioca de ALMA SEM PUDOR (1950).
ALMA SEM PUDOR - Born to Be Bad – 1950 – RKO – Direção: Nicholas Ray. Elenco: Joan Fontaine, Robert Ryan, Zachary Scott, Joan Leslie, Mel Ferrer, Harold Vermilyea, Virginia Farmer.

LAÇOS DE SANGUE - Hard, Fast and Beautiful! – 1950 – RKO- Direção: Ida Lupino. Elenco: Claire Trevor, Sally Forrest, Carleton J. Young, Robert Clarke, Robert Ryan (não creditado).

O MELHOR DOS HOMENS MAUS – The Best of The Badmen – RKO- 1951. Direção: William D. Russell. Elenco: Robert Ryan, Claire Trevor, Robert Preston, Walter Brennan, John Archer, Bruce Cabot, Lawrence Tierney, Barton MacLaine, Tom Tyler, Robert J. Wilke, Carleton Young.

HORIZONTE DE GLÓRIA - Flying Leathernecks – 1951- RKO- Direção: Nicholas Ray. Elenco: John Wayne, Robert Ryan, Don Taylor, Janis Carter, Jay C. Flippen, William Harrigan, James Bell.

Com a expressão de um marginal que expressa em seu rosto "a ficha caiu!" em A ESTRADA DOS HOMENS SEM LEI (1951).
A ESTRADA DOS HOMENS SEM LEI – The Racket – 1951- RKO. Direção: John Cromwell (não creditados: Nicholas Ray, Mel Ferrer, Tay Garnett, Sherman Todd). Elenco: Robert Mitchum, Lizabeth Scott, Robert Ryan, William Talman. Ray Collins, Joyce Mackenzie, Robert Hutton, Virginia Huston, William Conrad, Walter Sande.

CINZAS QUE QUEIMAM - On Dangerous Ground – 1951. RKO – Direção: Nicholas Ray. Elenco: Robert Ryan, Ida Lupino, Ward Bond, Charles Kemper, Anthony Ross, Ed Begley, Ian Wolfe, Summer Williams, Frank Ferguson.

SÓ A MULHER PECA- Clash By Night – 1952 – RKO – Direção: Fritz Lang. Elenco: Barbara Stanwyck, Paul Douglas, Robert Ryan, J. Carroll Nash, Marilyn Monroe, Keith Andes, Silvio Minciotti.

Divulgação de um jornal carioca de ESCRAVO DE SI MESMO (1952)
ESCRAVO DE SI MESMO - Beware, My Lovely – 1952 – RKO – Direção: Harry Horner. Elenco: Ida Lupino, Robert Ryan, Taylor Holmes, Barbara Whiting.

IMPÉRIO DO PAVOR – Horizons West – 1952- UNIVERSAL – Direção: Budd Boetticher. Elenco: Robert Ryan, Julie Adams, Rock Hudson, Judith Braun, John McIntire, Raymond Burr, James Arness, Dennis Weaver, Frances Bavier, Rodolfo Acosta, Walter Reed.

 O PREÇO DE UM HOMEM – The Naked Spur – 1953 – METRO (MGM). Direção: Anthony Mann. Elenco: James Stewart, Janet Leigh, Robert Ryan, Ralph Merker, Millard Mitchell.

Poster de CIDADE SUBMERSA (1953)
CIDADE SUBMERSA - City Beneath the Sea – 1953 – UNIVERSAL – Direção: Budd Boetticher. Elenco: Robert Ryan, Mala Powers, Anthony Quinn, Suzan Ball, George Mathews, Karel Stepanek, Woody Strode.

RASTROS DO INFERNO – Inferno – 1953 – 20thCENTURY FOX – Direção: Roy Ward Baker. Elenco: Rhonda Fleming, Robert Ryan, William Lundigan, Larry Keating, Henry Hull.

TORMENTA NO ALASKA – Alaska Seas – 1954- PARAMOUNT – Direção: Jerry Hopper. Elenco: Robert Ryan, Jan Sterling, Brian Keith, Gene barry, Richard Shannon, Ross Bagdasarian, Timothy Carey.

SOMBRAS QUE VIVEM - About Mrs. Leslie – 1954 – PARAMOUNT – Direção: Daniel Mann. Elenco: Shirley Booth, Robert Ryan, Marjie Millar, Alex Nicol, Philip Ober, Sammy White, Eilene Janssen.

OS HOMENS DE SUA VIDA - Her Twelve Men – 1954 – METRO (MGM) - Direção: Robert Z. Leonard. Elenco: Greer Garson, Robert Ryan,  Barry Sullivan, Richard Haydn, Barbara Lawrence, James Arness, Rex Thompson.

Poster alemão de CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO (1954)
CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO - Bad Day at Black Rock – 1955 – METRO (MGM). Direção: John Sturges. Elenco: Spencer Tracy, Robert Ryan, Anne Francis, Dean Jagger, Walter Brennan, Lee Marvin, John Ericson, Ernest Borgnine, Russell Collins, Walter Sand.

SELVAS INDOMÁVEIS - Escape to Burma – 1955 – FILMCREST PRODUCTIONS (Distribuição RKO). Direção: Allan Dwan. Elenco: Barbara Stanwyck, Robert Ryan, David Farrar, Murvyn Vye, Lisa Montell, Robert Warwick, Reginald Denny.

Poster de CASA DE BAMBU (1955)
CASA DE BAMBU – House of Bambu – 1955 – 20thCENTURY FOX – Direção: Samuel Fuller. Elenco: Robert Ryan, Robert Stack, Shirley Yamaguchi, Cameron Mitchell, Brad Dexter, Sessue Hayakawa, DeForrest Kelley, Harry Carey Jr.

NAS GARRAS DA AMBIÇÃO – The Tall Men – 1955 – 20thCENTURY FOX – Direção: Raoul Walsh. Elenco: Clark Gable, Jane Russell, Robert Ryan, Cameron Mitchell, Juan García, Harry Shannon, Emile Meyer, Steve Darrell.

A BORDA DA MORTE – The Proud Ones – 1956 – 20thCENTURY FOX – Direção: Robert D. Webb. Elenco: Robert Ryan, Virginia Mayo, Jeffrey Hunter, Robert Middleton, Walter Brennan, Arthur O'Connell, Ken Clark, Rodolfo Acosta, George Mathews, Fay Roope, Edward Platt, Whit Bissell.

DE VOLTA PARA A ETERNIDADE - Back from Eternity- 1956- JOHN FARROW PRODUCTIONS (Distribuição RKO) – Direção: John Farrow. Elenco: Robert Ryan, Anita Ekberg, Rod Steiger, Phyllis Kirk, Keith Andes, Gene Barry, Fred Clark, Beulah Bondi.

OS QUE SABEM MORRER – Men In War – 1957 – SECURIT/UNITED ARTISTS - Direção: Anthony Mann. Elenco: Robert Ryan, Aldo Ray, Robert Keith, Phillip Pine, Nehemiah Persoff, Vic Morrow, James Edwards, L Q Jones, Scott Marlowe.

O PEQUENO RINCÃO DE DEUS - God's Little Acre – 1958 – SECURITY/UNITED ARTISTS – Direção: Anthony Mann. Elenco: Robert Ryan, Aldo Ray, Tina Louise, Buddy Hackett, Jack Lord, Fay Spain, Vic Morrow, Helen Westcott, Lance Fuller, Rex Ingram, Michael Landon.

POR UM POUCO DE AMOR – Lonelyhearts – 1959 – UNITED ARTISTS/DORE SCHARY PRODUCTIONS. Direção: Vincent J. Donehue. Elenco: Montgomery Clift, Robert Ryan, Myrna Loy, Dolores Hart, Maureen Stapleton, Jackie Coogan.

A QUADRILHA MALDITA - Day of the Outlaw – 1959 – SECURITY/UNITED ARTISTS – Direção: Andre De Toth. Elenco: Robert Ryan, Burl Ives, Tina Louise, Alan Marshal, Nehemiah Persoff, David Nelson, Jack Lambert, Frank DeKova, Lance Fuller, Elisha Cook Jr.

Poster de A QUADRLHA MALDITA (1959)
HOMENS EM FÚRIA - Odds Against Tomorrow – 1959 – UNITED ARTISTS/HARBEL PRODUCTIONS – Direção: Robert Wise. Elenco: Harry Belafonte, Robert Ryan, Ed Begley, Gloria Grahame, Shelley Winters, Will Kuluva, Wayne Rogers.

O GIGANTE DE GELO - Ice Palace – 1960. WARNER BROS (WB). Direção: Vincent Sherman. Elenco: Richard Burton, Robert Ryan, Martha Hyer, Jim Backus, Carolyn Jones, Diane McBain, Ray Danton, Karl Swenson,         Shirley Knight.

Com Carolyn Jones, Richard Burton e Martha Hyer: GIGANTE DE GELO (1960)
HERÓIS DA POLÍCIA MONTADA – The Canadians – 1961 – 20thCENTURY FOX – Direção: Burt Kennedy. Elenco: Robert Ryan, John Dehner, Torin Thatcher, Burt Metcalfe, Jack Creley, Richard Alden, Teresa Stratas.

REI DOS REIS – King of Kings – 1961- METRO (MGM)/SAMUEL BRONSTON’S PRODUCTIONS – Direção: Nicholas Ray. Elenco: Jeffrey Hunter, Siobhan McKenna, Hurd Hatfield, Ron Randell, Robert Ryan, Viveca Lindfors, Rita Gam, Carmen Sevilla, Harry Guardino, Rip Torn, Royal Dano, Jose Antonio Mayans, Conrado San Martin.

O diretor Nicholas Ray instruindo Robert Ryan no papel de São João Batista, e Ron RandelL, no set de REI DOS REIS (1961)
O MAIS LONGO DOS DIAS – The Longest Day – 1962 – 20thCENTURY FOX/ ZANUCK PRODUCTIONS – Direção: Ken Annakin, Andrew Marton, Bernhard Wicki, Darryl F. Zanuck. Elenco: John Wayne, Robert Mitchum, Henry Fonda, Robert Ryan, Richard Burton, Mel Ferrer, Jeffrey Hunter, Sal Mineo, Robert Wagner, Edmond O’ Brien, Sean Connery, Rod Steiger, Steve Forrest, Stuart Whitman, Red Buttons.

O VINGADOR DOS MARES – Billy Budd – 1962 – ALLIED ARTISTS PICTURES. Direção: Peter Ustinov. Elenco: Robert Ryan, Peter Ustinov, Terence Stamp, Melvyn Douglas, Paul Rogers, John Neville, David McCallum.

REPORTAGEM PERIGOSA – The Crooked Road – 1965. ARGO FILM PRODUCTIONS. Direção: Don Chaffey. Elenco: Stewart Granger, Robert Ryan, Nadia Grey, Katherine Woodville, Marius Goring,  George Coulouris.

Com Peter Ustinov e Terence Stamp durante a premiere de O VINGADOR DOS MARES (1962)
A GUERRA SECRETA - The Dirty Game – 1965. EURO INTERNATIONAL FILM. Direção: Terence Young, Christian-Jaque, Werner Klingler, Carlo Lizzani. Elenco: Henry Fonda, Robert Ryan,  Vittorio Gassman, Annie Girardot, Bourvil, Robert Hossein, Peter van Eyck, Maria Grazia Buccella, Mario Adorf, Jacques Sernas, Wolfgang Lukschy.

UMA BATALHA NO INFERNO - Battle of the Bulge – 1965- WARNER BROS (WB) CINERAMA PRODUCTIONS CORP. Direção: Ken Annakin. Elenco: Henry Fonda, Robert Shaw, Robert Ryan, Telly Savalas, Charles Bronson, Dana Andrews, George Montgomery, Ty Hardin, Pier Angeli, Barbara Werle, Hans Christian Blech, James MacArthur.

OS PROFISSIONAIS - The Professionals – 1966 – COLUMBIA PICTURES – Direção: Richard Brooks. Elenco: Burt Lancaster, Lee Marvin, Robert Ryan, Woody Strode, Ralph Bellamy, Jack Palance, Claudia Cardinale, Joe De Santis, Rafael Bertrand, Jorge Martínez de Hoyos, Vaughn Taylor.

A GUERRA SECRETA (1965)
A HORA DA PISTOLA – Hour Of Gun – 1966 – UNITED ARTISTS – Direção: John Sturges. Elenco: James Garner, Jason Robards, Robert Ryan, Albert Salmi, Charles Aidman, Steve Ihnat, Michael Tolan, Larry Gates, Jon Voight.

O CADÁVER AMBULANTE - The Busy Body – 1967 – PARAMOUNT – Direção: William Castle. Elenco: Sid Caesar, Robert Ryan, Anne Baxter, Kay Medford, Jan Murray, Richard Pryor, Arlene Golonka, Charles McGraw, Dom DeLuise.

OS DOZE CONDENADOS (1967)
OS DOZE CONDENADOS – The Dirty Dozen – 1967- METRO (MGM)/SEVEN ARTS PRODUCTIONS. Direção: Robert Aldrich. Elenco: Lee Marvin, Ernest Borgnine, Charles Bronson, Jim Brown, John Cassavetes, Richard Jaeckel, George Kennedy, Telly Savalas, Clint Walker, Robert Ryan, Donald Sutherland, Robert Webber, Ralph Meeker, Trini López, Tom Busby,

OS BRAVOS NÃO SE RENDEM – Custer of The West – 1967- SECURITY FILMS/CINERAMA PRODUCTIONS. Direção: Robert Siodmak. Elenco: Robert Shaw, Mary Ure, Ty Hardin, Jeffrey Hunter, Lawrence Tierney, Marc Lawrence, Kieron Moore, Robert Ryan.

Divulgação de A HORA DA PISTOLA em jornal carioca.

CAÇA AO PISTOLEIRO - Un minuto per pregare, un istante per morire - 1967. CINERAMA RESEALING/COLUMBIA BAVARIA - Direção: Franco Giraldi. Elenco: Alex Cord, Arthur Kennedy, Robert Ryan, Enzo Fiemonte, Mario Brega, Nicoletta Machiavelli, 
Massimo Sarchielli

A BATALHA DE ANZIO - Anzio - 1968- COLUMBIA PICTURES - Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Robert Mitchum, Peter Falk, Earl Holliman, Mark Damon, Arthur Kennedy, Reni Santoni, Robert Ryan.


Edição alemã do DVD CAPITÃO NEMO E A CIDADE FLUTUANTE (1969)
CAPITÃO NEMO E A CIDADE FLUTUANTE - Captain Nemo and the Underwater City – 1969 – METRO (MGM). Direção: James Hill. Elenco: Robert Ryan, Chuck Connors, Nanette Newman, Luciana Paluzzi, John Turner, Kenneth Connor, Allan Cuthbertson, Ian Ramsey.

MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA – The Wild Bunch – 1969 - WARNER BROS (WB)/SEVEN ARTS. Direção: Sam Peckinpah. Elenco: William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Ben Johnson, Warren Oates, Edmond O’ Brien, Jaime Sanchez, Emilio Fernandez, Strother Martin, L Q Jones, Albert Dekker, Bo Hopkins.

MATO EM NOME DA LEI – Lawman – 1970 – UNITED ARTISTS/SCIMITAR FILMS. Direção: Michael Winner. Elenco: Burt Lancaster, Robert Ryan, Lee J. Cobb, Robert Duvall. Albert Salmi, Sheree North, Richard Jordan, John McGiver, Ralph Waite, John Beck, Charles Tyner.

Com o diretor Sam Peckinpah, durante as filmagens de MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA (1969).
A MÁQUINA DO AMOR - The Love Machine – 1971 – COLUMBIA PICTURES. Direção: Jack Haley Jr. Elenco: John Phillip Law, Dyan Cannon, Robert Ryan, Jackie Cooper, David Hemmings.

O HOMEM QUE SURGIU DE REPENTE - La course du lièvre à travers les champs. 1972. COMPAGNIE COMMERCIALE FRANÇAISE CINÉMATOGRAPHIQUE. Direção: René Clement. Elenco: Jean-Louis Trintignant, Robert Ryan, Lea Massari, Aldo Ray, Jean Gaven, Tisa Farrow, Nadine Nabokov, André Lawrence.

QUANDO O ÓDIO EXPLODE - Lolly-Madonna XXX – 1972. METRO (MGM). Direção: Richard C. Sarafian. Elenco: Rod Steiger, Robert Ryan, Jeff Bridges, Scott Wilson, Katherine Squire, Tresa Hughes, Timothy Scott, Ed Lauter, Randy Quaid, Gary Busey.

A QUADRILHA - The Outfit – 1973. METRO (MGM). Direção: John Flynn. Elenco: Robert Duvall, Karen Black, Joe Don Baker, Robert Ryan, Timothy Carey, Richard Jaeckel, Sheree North, Felice Orlandi, Marie Windsor, Jane Greer, Henry Jones, Joanna Cassidy, Tom Reese, Elisha Cook Jr..

O HOMEM DE GELO – The Iceman Cometh – 1973 – 20thCENTURY FOX – Direção: John Frankenheimer. Elenco: Lee Marvin, Fredric March, Robert Ryan, Jeff Bridges, Bradford Dillman, Sorrell Booke, Hildy Brooks, Juno Dawson, Moses Gunn, Clifton James.

O ASSASSINATO DE UM PRESIDENTE – Executive Action – 1973 – NATIONAL GENERAL PICTURES. Direção: David Miller. Elenco: Burt Lancaster, Robert Ryan, Will Geer, John Anderson, Paul Carr, Colby Chester, Ed Lauter, Walter Brooke.

TELEVISÃO

Programas de televisão que Robert Ryan participou:

1955 - Screen Directors Playhouse
Episódio: Lincoln's Doctor's Dog. Levado ao ar em 14 de dezembro de 1955.  Ryan interpretou o Presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln. No elenco: Charles Bickford, Richard Long, Willis Bouchey. Direção: H.C. Potter

1957 - Mr. Adams and Eve
Episódio: Adult Western. Levado ao ar em 20 de Setembro de 1957.  Obs:  Mr. Adams e Eve foi uma série televisiva estrelada por Ida Lupino e o seu então marido Howard Duff. Robert Ryan teve uma participação especial. Direção: Richard Kinon.

1957 e 1958  - Goodyear Theatre
Episódios:
Silhouette of a Killer: Levado ao ar em 30 de setembro de 1957. Direção: Alvin Ganzer. Com Robert Ryan e Beverly Garland.

The Crowd Pleaser – Levado ao ar em 9 de dezembro de 1957. Direção: Louis King. Com Robert Ryan, Stuart Whitman, Jean Willes, Stacy Harris.

The White Flag – Levado ao ar em 17 de fevereiro de 1958. Direção: Robert Florey. Com Lynn Allen, Whit Bissell, Robert Ryan, Ross Elliott.

Seventh Letter – Levado ao ar em 15 de março de 1958. Direção: Robert Florey. Com Robert Ryan, Virginia Gregg, Willard Sage.

The Giant Step – Levado ao ar em 28 de abril de 1958. Direção: Robert Florey. Com Robert Ryan, Michael Landon, Harold J. Stone.

1957 e 1958  - Alcoa Theatre
Episódios:
On Edge – Levado ao ar em 18 de novembro de 1957. Direção: Tom Gries. Com Robert Ryan, Edward Binns, Fredd Wayne.

The Face of Truth – Levado ao ar em 30 de dezembro de 1957. Direção: Alvin Ganzer. Com Robert Ryan, Catherine McLeod, Paul E. Burns.

Hidden Witness – Levado ao ar em 27 de janeiro de 1958. Direção: Robert Florey. Com Robert Ryan, Barbara Eiler, Michael Pate, Lawrence Dobkin.

The Perfectionist – Levado ao ar em 19 de maio de 1958. Direção: Robert Florey. Com Robert Ryan, Frances Rafferty, Lawrence Dobkin, Ellen Corby.

 1958  - Playhouse 90
Episódio: The Great Gatsby (O Grande Gatsby) – Levado ao ar em 26 de junho de 1958. Direção: Franklin J. Schaffner. Com Robert Ryan, Jeanne Crain, Barry Atwater, Val Avery, Patricia Barry, Virgina Grey.


1956 e 1959  - Zane Grey Theater
Episódios:

You Only Run Once – Levado ao ar em 5 de outubro de 1956. Direção: Felix E. Feist. Com Robert Ryan, Cloris Leachman, John Hoyt, Whit Bissell.

Trial by Fear – Levado ao ar em 10 de janeiro de 1958. Direção: James Sheldon. Com Robert Ryan, Harold J. Stone, Edward Platt, David Janssen.

To Sit in Judgment – Levado ao ar em 13 de novembro de 1958. Direção: John English. Com Robert Ryan, Betsy Jones-Moreland, Michael Pate, Harry Dean Stanton.

Interrogation - Levado ao ar em 1º de outubro de 1958. Direção: James Sheldon. Com Robert Ryan, Harry Townes, Alexander Scourby, Don Diamond.

1960  - Buick-Electra Playhouse
Episódio: The Snows of Kilimanjaro (As Neves do Kilimanjaro). Levado ao ar em 25 de março de 1960. Direção: John Frankenheimer. Com Robert Ryan, Mary Astor, Norma Crane, James Gregory, Brock Peters,  Frank Puglia.

1962- 1964  - Caravana
Episódios:
The John Bernard Story– Levado ao ar em 21 de novembro de 1962. Direção: Allen H. Miner. Com John McIntire, Frank McGrath, Terry Wilson, Denny Miller, Robert Ryan (participação especial como o Padre John Bernard).

The Bob Stuart Story – Levado ao ar em 20 de setembro de 1964. Direção: Virgil W. Vogel. Com John McIntire, Robert Fuller, Frank McGrath, Terry Wilson, Michael Burns, Robert Ryan (participação especial como Bob Stuart).

1964  - The Reporter
Episódio: No Comment. Levado ao ar em 30 de outubro de 1964. Direção: Gene Nelson. Com Harry Guardino, Gary Merrill, Robert Ryan, Warren Oates, Eugene Rocha.

1966  - Bob Hope Presents the Chrysler Theatre
Episódio: Guilty or Not Guilty. Levado ao ar em 9 de março de 1966. Direção: Roland Kibbee, David Lowell Rich. Com Richard Beymer, Robert Duvall, Leif Erickson, Robert Ryan, Leslie Nielsein, Diana Hyland.

FILMES PARA TV
1970 - The Front Page. Direção: Alan Handley. Com Robert Ryan, George Grizzard, Helen Hayes, Vivian Vance, Estelle Parsons, John McGiver.

1971 - The Man Without a Country.   Direção: Delbert Mann. Com Clift Robertson, Beau Bridges, Peter Straus, Robert Ryan, Walter Abel.

 

TEATRO

PEÇAS ENCENADAS POR 
ROBERT RYAN.

TOO MANY HUSBANDS (1939), de W. Somerset Maugham, Theatre de Belasco,
Los Angeles.

A KISS FOR CINDERELLA (1940), de J.M. Barrie, com Luise Ranier. Ryan apareceu também em várias peças durante o festival de verão em Dennis, Masssachusetts; Maplewood, Nova Jersey; Arden, Delaware.

CLASH BY NIGHT (1941), de Clifford Odets, dirigido por Lee Strasberg. Como Joe Doyle, com Tallulah Bankhead, Joseph Schildkraut, Lee J. Cobb, Theatre de Schubert, Filadélfia, Pensilvânia, Theatre Belasco, New York.

CORIOLANUS (1954), de Shakespeare, produzido e encenado por John Houseman. Como Coriolanus, com esmeril de John, Mildred Natwick, John Randolph, Will Geer, Alan Napier, Lori March, Jack Klugman, mais imóvel Jerry, Gene Saks, Michael Tolan, Jack Bittner, e outros. Theatre Phoenix, New York.

THE TIGER AT THE DOORS (1957), de Giraudoux, dirigiu por Harold J. Kennedy, Com John Ireland, Mary Astor, Marilyn Erskine, Ray Danton, e outros. Theatre Sombrero, Phoenix, Arizona e Theatre Ivar, Los Angeles.

OBS: Robert Ryan Fundou o grupo teatral da UCLA, com John Houseman e Sidney Harmon, em 1959

THE MURDER IN CATHEDRAL (1959), de T.S. Eliot, dirigiu por John Houseman. Como Thomas Beckett. Com Richard Hale, Robert Gist, Theodore Marcuse, John Hoyt, Alan Napier, Joseph Ruskin, Robert Casper, Stephen Joyce, Pippa Scott, Doris Lloyd, Betty Harford, e outro, Schoenberg Salão, UCLA.

ANTONY E CLEOPATRA (1960), de William Shakespeare, encenado por Jack Landau. Como Antonio. Com Katharine Hepburn, Douglas Watson, John Harkins, Donald Davis, Patrick Hines, Earle Hyman, Annie Fielding, John Ragin, Morris Carnovsky, Will Geer, Clifford James, Sada Thompson, e outro, Festival Americano de Shakespeare,em Stratford, Connecticut.

Mr. PRESIDENT (1962), de Howard Lindsay e Russell Crouse, música e líricos de Irving Berlim, encenada por Joshua Logan. Como o Presidente Stephen Henderson. Com Nanette Fabray, Anita Gillette, Strickler Jerry, Jack Washburn, Charlotte Fairchild, Jack Haskell, Stanley Grover, Wisa D'Orso, John Cecil Holm. Theatre do St. James, New York.

OTHELLO (1967), de William Shakespeare, como Othello, Playhouse de Nottingham, Nottingham, Inglaterra.

LONG DAY'S JOURNEY INTO NIGHT(1967), De Eugene O'Neill, como James Tyrone. Encenado no Playhouse de Notthingham, Nottingham, Inglaterra.

OBS: Robert Ryan Fundou o Plumstead Playhouse Companhia de Repertório, com Henry Fonda e Martha Scott (1968).

Myrna Loy visita o ator durante o espetáculo OUR TOWN, em 1968.
OUR TOWN(1968), de Thornton Selvagem, dirigido por Leo Brady. Como o Editor Webb. Com Henry Fonda, Estelle Parson, John McGiver, Jo Van Fleet, John Beal, Anthony George, Marcam Bramhall, Coley de Thomas, e outros. Theatre de Mineola, Mineola.

FRONT PAGE (1968), de Ben Hecht e Charles MacArthur, direção de Leo Brady.

EPOCH OF YOUR LIFE (1968), de William Saroyan. Como o filosfo Barfly. Theatre de Millpond, Roslyn,curta temporada.

O FRONT PAGE (1969), dirigido por Harold J. Kennedy. Como Walter., com Peggy Cass, Bert Convy, Doro Merande, Conrad Janis, John McGiver, Val Avery, James Flavin, branco de Charles, Harold J. Kennedy, Julia Meade (substituída por Helen Hayes), e outro, Theatre de Ethel Barrymore, New York.

LONG DAY'S JOURNEY INTO NIGHT(1971), de Eugene O'Neill. Como James Tyrone. Com Geraldine Fitzgerald, Stacy Keach, James Naughton, Theatre do Promenade, New York

A FACE NOIR DA SÉTIMA ARTE.
REFERÊNCIAS
Jornal O GLOBO – Reportagem Robert Ryan (em 15/07/1971)
Jornal O GLOBO – Morte de Robert Ryan (12/07/1973)
Isto É, 100 Anos de Cinema
Livro: Huston - Lubitsch - Zinemann - A C Gomes De Mattos – Cinemin (1985)
Site Wikipedia
Site IMDB

PRODUÇÃO E PESQUISA
PAULO TELLES
Colaboração: Flávia de Lacerda Telles

Este artigo foi desenvolvido em 2009, revisado e publicado originalmente em 2019 no extinto blog Filmes Antigos Club – A Nostalgia do Cinema, e atualizado em 2023. Todos os direitos reservados a Paulo Telles. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um Convidado Bem Trapalhão (1968): Blake Edwards faz Peter Sellers promover uma festa de arromba!

UM CONVIDADO BEM TRAPALHÃO ( The Party ) , produzido em 1968, é considerada a comédia mais hilariante do eterno Peter Sellers (1925-19...