Lembrado por uma variedade de
delinquentes desajustados e fanáticos intransigentes, Robert Ryan (1909-1973)
foi um liberal ativo que se transformava para fazer seus papéis. Alto, poderoso, e com uma voz inconfundível, Ryan eletrizou plateias com seu estilo durão e ameaçador, fazendo valer sua presença nas telas. Trabalhou
para os mais conceituados cineastas de seu tempo (Jean Renoir, Robert Wise,
Nicholas Ray, Anthony Mann, Edward Dmytryk, Samuel Fuller, Raoul Walsh, Fred Zinnemann, John Sturges, entre outros). Um dos atores mais
talentosos do século XX, que realizou com imensa competência todas suas
interpretações, com seu impressionante currículo de personagens, entre heróis e vilões. Identificado como o mais expressivo rosto noir do cinema, foi apenas
uma vez lembrado para um prêmio da Academia, como o sombrio assassino antissemita
de Rancor (Crossfire, 1947). Fora de Hollywood, era um homem simples e humanitário,
que gostava de passear com a família e viver longe das badalações de Hollywood, sendo também um ativista político, defendendo a igualdade racial e a luta pelos direitos civis. A coluna Cine Retro BoaVista - Cinema Com Poesia tem o prazer de levar até os leitores a
vida e a Carreira do ator Robert Ryan, celebrando neste corrente ano de 2023, 50 anos de seu falecimento.
Por Paulo Telles.
Colaboração: Flávia de Lacerda Telles.
A Sétima Arte se vangloria por
ter possuído vários talentos em sua constelação cinematográfica. Da ala
masculina, valem como destaques atores magnânimos que contribuíram com
interpretações marcantes ao longo de suas carreiras. São nesses momentos que
nos lembramos de Fredric March, Humphrey Bogart, Spencer Tracy, Edward G.
Robinson, Robert Donat, Paul Muni, e claro, ROBERT RYAN.
INFÂNCIA
Robert Ryan com 8 anos. |
Robert Bushnell Ryan, seu
verdadeiro nome, era filho de Thomas Aloysius Ryan, um irlandês católico que
trabalhava como executivo na área comercial, e de Mabel Arbutus Bushnell Ryan
uma mulher descendente de ingleses, nascido a 11 de novembro de 1909, em
Chicago. Na infância, o pequeno Bob Ryan era uma criança tímida e nunca perdeu
essa qualidade por completo - mesmo depois de se transformar num futuro astro
de Hollywood.
Aos oito anos, John, seu irmão
mais novo, morreu de gripe, lembrança cruel que o carregou até o fim de sua
vida. Aos 26 anos, seu pai morre em consequência de uma batida de carro.
Decidiu então entrar para uma academia de Boxe, e seu objetivo, era continuar
os estudos para ingressar na faculdade, o que ele conseguiu. Lá, Bob conquistou
vários títulos como campeão amador de peso-pesado da modalidade. Seu gosto era
pela literatura, e tinha intenção de formar-se em jornalismo.
A IDEIA DE SE
TORNAR ATOR
Com a chegada do ano de 1929, o
fatídico ano da depressão, com a queda da bolsa de valores de Nova York, Ryan
se recusava a entrar para a área comercial de seu pai, por isso, ele engrenou em
vários trabalhos, como foguista de navios, Guarda-costas, vaqueiro, modelo
fotográfico, e até cobrador de dívidas. Devido ao exercício destas profissões,
muitas dos quais exigia trabalho braçal, é que explica tanta convicção e
empenho nos personagens que tão bem representou no cinema.
Look de Robert Ryan na época de modelo fotográfico. |
Um amigo de sua mãe deu-lhe uma
nomeação no Serviço Público Municipal de Chicago, mas um investimento de sorte
com petróleo permitiu que Bob Ryan procurasse treinamento profissional em arte
dramática. Ryan decidira ser ator quando um fotógrafo, que havia feito alguns ensaios
com ele como modelo fotográfico, achou que ele era fotogênico e que
correspondia bem as câmeras, e que ele poderia, influenciado por seu porte
atlético conseguido com seus treinamentos no Boxe, conseguir fazer carreira no
cinema. Ryan media 1m93cm de altura.
JESSICA CADWALADER
RYAN
Robert com sua esposa Jessica Cadwalader Ryan. Casamento que durou 37 anos até o falecimento dela. |
Imediatamente Bob foi para a
Califórnia matricular-se no Playhouse de
Pasadena, mas preferiu a Oficina
Teatral de Max Reinhardt, uma das mais respeitadas em Hollywood. Lá,
conheceu a aluna Jessica Cadwalader, com quem se casou em 1939, e que se
tornaria sua esposa até o falecimento dela, em 1972. Jessica fez poucos
trabalhos como atriz de cinema, preferindo ingressar na área de pedagogia e
ensino, publicando livros infantis, e histórias de mistério.
EM HOLLYWOOD
Com pouco mais de 31 anos de
idade, Bob Ryan começou a trabalhar como ator profissional em filmes musicais,
mas eram papéis pequenos, ganhando 75 dólares por semana. Começou a fazer
alguns filmes na Paramount, mas esta não se impressionou com Bob, que ao
contrário do que diria aquele fotógrafo que o considerou fotogênico, o estúdio
não o achou e ainda lhe disseram que não se enquadrava às câmeras.
Descartada pelo menos
temporariamente sua ideia de ingressar no cinema, Ryan viu oportunidade no
teatro. Sua primeira peça intitulou-se Um beijo de Cinderela, contracenando com
Luise Rainer (1910-2014). O ex-marido dela, Clifford Odets (1906-1963), vendo-o
na peça, viu nele uma presença viril que pudesse atrair o público feminino, e
lhe ofereceu o papel de um jovem amante na peça Só a Mulher Peca/Clash By Night, na Broadway, e não demorou em ser
notado por Peter Lorents, executivo da RKO.
Feito os primeiros testes na
RKO, Bob foi aceito, e assinou contrato ganhando inicialmente 600 dólares por
semana. Seus primeiros trabalhos no estúdio foram em filmes bélicos, que
serviam praticamente como propaganda americana durante a II Guerra Mundial,
como Bombardeio/Bombardier (1943),
filme de dois diretores (Richard Wallace, Lambert Hilyer) como um jovem
estudante da força aérea, contracenando com Randolph Scott e Pat O' Brien.
Ryan tentando escapar do "mata-leão" de Mike Mazurki em ATRÁS DO SOL NASCENTE (1943) de Edward Dmytryk. |
Em 1943, Ryan conseguiu um bom
papel no filme Atrás do Sol Nascente/Behind the Rising Sun, um esforço de
guerra dirigido por Edward Dmytryk, estrelado por Tom Neal (1914-1972) e J. Carroll Nash (1896-1973),
onde como um militar americano e prisioneiro de guerra teve que lutar em um duelo de “vale tudo” com Mike Mazurki (1907-1990),
desempenhando um lutador japonês.
SERVINDO NA
II GUERRA
Em 1944, Robert Ryan juntou-se ao serviço de guerra, alistando-se nos fuzileiros navais. Sua carreira em
Hollywood foi ligeiramente interrompida pela Segunda Guerra Mundial. Por dois
anos Bob trabalhou como instrutor no Corpo de Fuzileiros Navais, no acampamento
do Capitão Pendleton.
Ryan testemunhou os efeitos
psicológicos daqueles que combateram no Pacífico, e o difícil retorno daqueles
que tentavam voltar a vida civil. Prestou auxílio aos feridos e aleijados, e
viu o horror atrás do olhar assombrado dos que tinham vivido os eventos e a
crueldade da Guerra, deixando seus camaradas, mortos em batalha, para trás.
Isto fez com que, futuramente, o ator se dedicasse mais as causas humanas e
sociais.
VOLTA À HOLLYWOOD
Com o fim da II Guerra, Ryan
voltou às telas, para ser o galã de Joan Bennett (1910-1990), como um policial
da Guarda Costeira que se apaixona por ela e ambos arquitetam matar o marido
cego dela, no clássico A Mulher
Desejada/The Woman on The Beach, de Jean Renoir (1894-1979), em 1947, um dos
clássicos noir mais expressivos de
todos os tempos.
Ryan como o assassino antissemita no clássico RANCOR (1947), de Edward Dmytryk. Sua única indicação ao Oscar como Melhor Ator Coadjuvante. Com Robert Mitchum e Robert Young. |
Ryan eletrizou plateias com a
claustrofobia noir que muito associaria o ator, que viveriA o psicopata
assassino e antissemita procurado pela polícia em Rancor/Crosfire, de Edward Dmytryk (1908-1999) , que rendeu à Bob
Ryan sua única indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, em 1947 (perdeu
para Edmund Gwenn por De Ilusão Também se
Vive, 1947). Ryan contracenou com dois de seus xarás: Robert Mitchum
(1917-1917) e Robert Young (1907-1998). Por isso, Crossfire é também conhecido
como o filme dos "três Roberts".
EXPRESSO PARA BERLIM (1948), com Merle Oberon, em uma obra expressionista dirigida por Jacques Torneur. |
Com Van Heflin em ATO DE VIOLÊNCIA (1948), filme de Fred Zinnemann. |
Ainda em 1948, a Metro Goldwyn Mayer obteve Ryan emprestado da RKO para realizar o ótimo Ato de Violência/Act of Violence, do diretor Fred Zinnemann (1907-1997), contracenando com o também ótimo Van Heflin (1910-1971), a jovem Janet Leigh (1927-2004), e a inigualável Mary Astor (1906-1987). Ryan vive um transtornado perseguidor que acredita que seu oficial superior e amigo (Heflin)o traíra e aos outros colegas a serem conduzidos a um campo de prisioneiros durante a II Guerra.
PUNHOS DE
CAMPEÃO (1949)
Aos 40 anos, em 1949, Robert
Ryan atingiu sua consagração ao estrelar um dos maiores clássicos do cinema e talvez o melhor filme sobre
o submundo do boxe, vindo a interpretar o herói trágico em Punhos de Campeão/ The Set-Up, de Robert Wise (1914-2005). Ryan, na
pele de Bill "Stocker" Thompson, um veterano boxeador que quer largar
o Boxe, mas para isso, ele quer vencer seu último combate.
Com Kevin O' Morrison e David Clarke: PUNHOS DE CAMPEÃO (1949), obra prima de Robert Wise. |
Depois de várias derrotas
consecutivas, sua esposa, Julie (Audrey Totter, 1917-2013), apela para que ele
desista do campeonato, mas ele não atende. Seus promotores foram corrompidos
pela Máfia do Boxe, e Thompson ignora ser seu dever perder a luta para um
lutador mais jovem, patrocinado pelos mafiosos. Seguido em sua determinação de
vencer, depois de muitos assaltos, Thompson finalmente ganha a luta, mas ignora
o envolvimento de seus patrocinadores com os mafiosos até o último momento,
quando eles combinaram que Thompson
deveria perder a luta. Na saída, Thompson é cercado pelos mafiosos, e eles
esmagam suas mãos para nunca mais lutar.
Robert Ryan como Bill "Stocker" Thompson. PUNHOS DE CAMPEÃO (1949). |
Mesmo alquebrado, Thompson volta
para casa, onde sua esposa aguarda ansiosa, mal conseguindo ele caminhar em
direção à porta, caindo em plena calçada. Da janela, Julie o vê, e sai em sua
direção, acudindo-o. No fim, Thompson diz a esposa: Eu venci, Julie...eu venci. E ela responde: Sim, querido, nós vencemos esta noite...nós vencemos!
Hal Baylor e Robert Ryan: PUNHOS DE CAMPEÃO (1949). |
Sem dúvida, um dos melhores
filmes de Boxe da história do Cinema. Bob Ryan usou sem o recurso de dublê sua
experiência como boxeador, sem precisar de aulas de pugilismo, e segundo o
diretor Robert Wise, foi o filme que menos deu trabalho ao cineasta, justamente por
não exigir aulas de pugilismo ao ator principal.
Acudido pela amada Julie (Audrey Totter): PUNHOS DE CAMPEÃO (1949). |
A Crítica Eileen Bowser realçou
notas do filme Punhos de Campeão(“The Set-Up’’). Estas notas estão hoje
preservadas no Museu de Arte Moderna de Los Angeles: "O filme “The Set-Up” é poupado de qualquer lirismo, sobre o submundo e
a humanidade tão baixa, revelada no soberbo desempenho de Robert Ryan. Tenho
pouco a dizer. Thompson é tão ignorante e ignóbil quanto os outros boxeadores.
Olhem seu rosto golpeado. É derrotado. Contudo, remanesce uma sensibilidade
poética em seus olhos e em seu sorriso ocasional. Seus olhos estão sempre
prestando atenção em volta do ringue, e o vemos constantemente fazendo isso
enquanto espera o próximo assalto. Thompson tem bastante dignidade humana para
recusar a corrupção, por isso ele sofreu uma brutal agressão, não mais
importando com sua carreira medíocre no Boxe. Na extremidade, ele tem muito
orgulho de si mesmo pela vitória ganha naquela luta, e não faz nenhuma
avaliação da consequência dela".
Com Barbara Bell Geddes e James Mason: CORAÇÃO PRISIONEIRO (1949), dirigido por Max Ophüls. |
NICHOLAS RAY
O currículo de Robert Ryan no
cinema se intensificou, diversificando seus papéis entre heróis e vilões. São
destaques: Coração Prisioneiro/Caught,
de 1949, direção de Max Ophüls (1902-1957), onde Ryan interpretou um milionário
com problemas cardíacos antagonizando com James Mason (1909-1984) pelo amor de Barbara Bel Geddes (1922-2005); e Alma sem Pudor/Born to be Bad,
em 1950, o primeiro filme que fez para o diretor Nicholas Ray (1911-1979), que
o consideraria como um dos seus melhores intérpretes ao lado de Humphrey
Bogart. A Alma sem Pudor do filme foi
vivida por Joan Fontaine (1917-2013).
Vigiando a perversa Joan Fontaine: ALMA SEM PUDOR (1950), o primeiro filme com Ryan a ser dirigido por Nicholas Ray. |
CINZAS QUE QUEIMAM (1951), com Ida Lupino. Outro dos clássicos com Robert Ryan dirigido por Nicholas Ray. |
Cinzas que Queimam/On Dangerous Ground de 1951,
outro filme que reuniu com o diretor Nicholas Ray. Ryan, novamente em seu
estilo noir, oferece o melhor de sua atuação, na pele de um amargo policial que
perde a noção de justiça, mas se rende ao amor da cega Ida Lupino (1918-1995). Um
dos filmes mais bem realizados e elaborados pelo cineasta, que precisou da
“humanização” do ator principal para o grande público, revelando para os
espectadores de cinema o brilhantismo de Robert Ryan como ator. Sua
interpretação como o policial amargo e violento passou para a amabilidade,
quando seu personagem se apaixona por Lupino, mesmo depois de sair e matar o
irmão dela, um fora da lei.
Como o mafioso cometendo crueldades, em A ESTRADA DOS HOMENS SEM LEI (1952), filme dirigido por John Cromwell e Nicholas Ray (não creditado). |
Com John Wayne: HORIZONTE DE GLÓRIA (1951) - filme de Nicholas Ray. |
HORIZONTE DE GLÓRIA (1951)
COM JOHN WAYNE.
Horizonte de Glória/Flying Leathernecks, ainda em 1951, foi outra obra prima idealizada por Nicholas Ray, com Ryan antagonizando com John Wayne (1907-1979) como um oficial americano humanitário da Força Aérea Americana, que entra em confronto com seu oficial superior (Wayne) que treina seus pilotos com rigidez. Durante as filmagens, Ryan e Wayne não se bicavam, pois Duke, como é de conhecimento geral, era um republicano radical, e que partia para discussões violentas com quem não compartilhava com suas visões políticas. Ryan ficava chocado com o apoio de Wayne com a lista negra do "Caça as bruxas", assim como seu diretor, Nicholas Ray.
Com Marilyn Monroe: SÓ A MULHER PECA (1952), de Fritz Lang. Último filme de Ryan pela RKO. |
COM MARILYN MONROE
Em 1952, o contrato de Robert
Ryan com a RKO chegava ao fim, fechando com chave de ouro em um papel que ele
havia desempenhado cerca de dez anos antes na Broadway, em peça escrita por
Clifford Odets (1906-1963): o de um amante cínico e amoral em Só a Mulher
Peca/Clash By Night, do diretor Fritz
Lang (1890-1976) atuando com Barbara Stanwyck (1907-1990),
Paul Douglas (1907-1959), e a então reveladora Marilyn Monroe (1926-1962).
Quando o filme estreou, a equipe
da revista Variety foi dura com o filme, mas apreciou o trabalho de Barbara
Stanwyck. O filme captura muito da monotonia de uma costeira cidade piscatória,
pano de fundo da fita, mas apenas ocasionalmente vem a ocorrer a sugerida
intensidade da narrativa. Barbara interpreta a itinerante que retorna com seu
habitual ar desafiador e seu mau humor, infeliz no casamento com um corpulento
e ingênuo pescador (Paul Douglas), mas que acaba encontrando em outro homem, um
projecionista de filmes (Robert Ryan) a pegada que necessita. Ryan interpreta o amante de Barbara, que tem uma brutalidade sinistra,
enquanto Marilyn Monroe, ainda em início de carreira, é reduzida a um papel
pequeno.
MAN OF
THE WEST
Robert Ryan também é associado
aos westerns. Seu primeiro filme de destaque no gênero foi em 1947, O Passo do ódio/Trail
Street, do diretor Ray Enright (1896-1965), sendo o parceiro de Randolph Scott
(1898-1987). No ano seguinte o mesmo cineasta convocou os dois atores para A Volta dos Homens Maus]/Return of the Bad
Men (1948), desta vez em lados distintos da lei, com Ryan como o vilão e
Randy o mocinho.
Em 1951, Ryan foi o mocinho em O
Melhor dos Homens Maus/Best of The Bad Men, de William D. Russell (1908-1968),
com Claire Trevor (1910-2000) como seu par romântico, e Robert Preston (1918-1987)
como o bandidão. Em 1952, o cineasta Budd Boetticher (1916-2001), um dos
grandes mestres do Western, convocou Ryan para estrelar Império do Pavor/Horizons West, excelente faroeste que aborda a
trama de dois irmãos, Ryan e Rock Hudson (1925-1985) em lados opostos da lei,
em que há uma antológica sequencia – o massacre de uma expedição americana em
território índio por inimigos invisíveis, cuja presença se descobre devido ao
movimento da câmera à medida que eles passam.
Ryan como o vilão Sundance Kid em A VOLTA DOS HOMENS MAUS (1947). |
Com Claire Trevor e John Archer: O MELHOR DOS HOMENS MAUS (1951) |
O PREÇO DE UM HOMEM (1953), de Anthony Mann. James Stewart, Janet Leigh, Ralph Meeker e Millard Mitchell. |
NAS GARRAS DA AMBIÇÃO (1955) - Faroeste Classe A da Fox, dirigido por Raoul Walsh. Ryan com Clark Gable e Jane Russell. |
"Lá se vai o único homem que respeitei. Ele é todo homem que um menino
gostaria de ser quando crescer, e gostaria de ter sido quando já está adulto".
Ainda na Fox, em 1956, Ryan
estrelou com Virginia Mayo (1920-2005) e Jeffrey Hunter (1926-1969) o ótimo A Borda da Morte/The Proud Ones, de
Robert D. Webb (1903-1990) no papel do xerife Cass Silver, que ao lado do
ajudante Hunter tenta impor a lei e a ordem numa localidade cujos os desmandos
são provocados por um dono de saloon (Robert Middleton, 1911-1977), e tendo ainda como
drama paralelo os problemas de saúde do xerife, que tem ocasionais crises de
cegueira depois que levou um tiro de raspão na cabeça.
Com Jeffrey Hunter: A BORDA DA MORTE (1956), de Robert D. Webb. |
Com Teresa Stratas: HERÓIS DA POLÍCIA MONTADA (1961), dirigido por Burt Kennedy. |
Com Spencer Tracy recebendo as orientações do produtor Dore Schary: CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO (1955), de John Sturges. |
CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO (1955) - COM SPENCER TRACY
Um dos melhores filmes da safra de 1955, e o último de
Spencer Tracy (1900-1967) para a Metro após duas décadas de contrato com o
estúdio, Conspiração do Silêncio/The Bad
Day at Black Rock foi filmado em pleno verão no deserto de Mojave, e também
foi o primeiro filme da MGM em CinemaScope. A trama se direciona após dois meses
do término da II Guerra Mundial. No vilarejo de Black Rock chega um veterano de
guerra, John MacReedy (Tracy), que tem só um braço. Apesar da sua aparência
calma e eremita, e por sua deficiência física, sua presença incomoda cada vez
mais os moradores do local, em parte por ser o primeiro visitante em quatro
anos (literalmente o trem nunca parava ali) e também por ficar cada vez mais
claro que todos estão escondendo algo. Quando ele diz que está procurando
Komoko, um japonês, a tensão aumenta e parece que todos do local obedecem a
Reno Smith, um latifundiário vivido por Robert Ryan.
Sob os olhares dos técnicos e do diretor John Sturges, Spencer Tracy e Robert Ryan duelam seus talentos. |
Espetáculo com clima de suspense, com ares
detetivescos, e com um leve elemento de western dirigido por John Sturges
(1910-1992), trazendo um show de interpretação entre dois grandes atores do
cinema antigo - Spencer Tracy & Robert Ryan - o que garante e valoriza ainda
mais a qualidade da película.
CASA DE BAMBU (1955)
DE SAMUEL FULLER
Casa de Bambu/House of Bamboo realizado em 1955 pelo cineasta
Samuel Fuller (1912-1997) foi uma das mais brilhantes utilizações do
Cinemascope já exploradas no mundo da Sétima Arte. Remake de Rua Sem Nome/The Street with No Name,
1948, de William Keighley, e estrelado
por Richard Widmark e Mark Stevens, a ação da vez acontecia em Tóquio (com
belas locações de filmagem, valorizadas pela fotografia de Joseph Macdonald),
com Robert Ryan como o mafioso americano Sandy Dawson, que lidera na Terra do Sol
Nascente uma quadrilha composta só por americanos que foram combatentes durante
a Segunda Guerra. Após a morte de um policial japonês, o FBI envia para Tóquio
o militar americano Eddie Kenner, interpretado por Robert Stack (1919-2003), a
fim de investigar o assassinato. Para isso, disfarçado, Kenner infiltra-se na
máfia de Dawson, e para operar melhor seus planos de desbaratar a quadrilha,
finge amizade por ele. Mas a rivalidade entre os dois homens será inevitável.
Com Robert Stack, Yoshiko Yamaguchi, e Elko Hanabusa: CASA DE BAMBU (1955), obra prima de Samuel Fuller. |
O cineasta brasileiro Ivan
Cardoso entrevistou Fuller para a extinta revista Cinemin. O diretor americano
chegou a declarar para o entrevistador
que Robert Ryan estava entre os atores com quem mais gostou de trabalhar
(junto com outro mencionado, Lee Marvin), considerando-o um dos mais profissionais
entre os atores.
Com Tina Louise: O PEQUENO RINCÃO DE DEUS (1958) - Uma das melhores interpretações de Ryan, sob a direção de Anthony Mann. |
ANTHONY MANN
Entre 1957 e 1958
respectivamente, Bob Ryan atuou como ator principal em dois filmes dirigidos
por Anthony Mann: Os Que sabem Morrer/Men
in War e O Pequeno Rincão de
Deus/God's Little Acre. O primeiro, um vigoroso drama de guerra, com Ryan
interpretando o Major Benson, que durante a Guerra da Coréia, entra em conflito
com seu sargento (Aldo Ray), por cada um possuir um ponto de vista sobre a
guerra. Benson luta por dever, mas seu sargento luta por instinto. O segundo,
Ryan tem a experiência de interpretar um caipira ingênuo e simplório, que
acredita ter um tesouro em sua fazenda. A atuação de Ryan pode parecer cômica,
mas seu personagem é dramático em toda sua simplicidade.
Como o humanitário Major Benson: OS QUE SABEM MORRER (1957)- de Anthony Mann. HOMENS
EM FÚRIA (1959)
DE
ROBERT WISE |
Em 1959, Robert Ryan teve um
novo encontro com o diretor Robert Wise (Punhos de Campeão) para realizarem Homens em Fúria/ Odds Against Tomorrow, com
Wise também na produção pela empresa HarBel Productions, companhia fundada pelo
protagonista do filme, o ator Harry Belafonte (1927-2023). Ele selecionou o roteirista Abraham
Polonsky (1910-1999) para adaptar o romance de William P. McGivern (1918-1982).
Como estava na Lista negra de Hollywood, Polonsky usou o nome de John Oliver
Killens, um romancista negro amigo de Belafonte. Em 1996, o Guia dos Escritores da América restaurou
o crédito a Polonsky.
Harry Belafonte enfrenta Robert Ryan, e Ed Begley no meio da briga:HOMENS EM FÚRIA (1959) de Robert Wise. |
Odds Against Tomorrow é o primeiro filme noir com um personagem negro como
protagonista. Foi o último filme do diretor Wise realizado em preto-e-branco em
tamanho proporcional padrão de tela, que dava a seus trabalhos "um
realismo que lhe tornou conhecido". Um ex-policial (Ed Begley) quer
contratar dois homens para ajudá-lo no assalto a um banco: Earl Slater (Ryan),
um ex-condenado branco, e Johnny Ingram (Belafonte), um apostador negro. Depois
de relutarem, ambos aceitam, mas Slater odeia negros, e as tensões dentro do
grupo crescem, partindo para um final trágico. Gabaritadas atuações de Ryan e Belafonte em profundo antagonismo.
Com Katharine Hepburn, na peça ANTHONY AND CLEOPATRA, em 1960 |
A partir da primeira metade da década
de 1950, Robert Ryan começa a atuar na televisão. Foi participante ativo dos
programas Goodyear Theatre (entre os
anos de 1957 e 58), Alcoa Theatre (1957/58),
e Zane Grey Theater (1956 a 1959),
que teve como anfitrião Dick Powell (1904-1963). Foi ainda Jay Gatsby na versão de O Grande Gatsby no teleteatro Playhouse 90, em 1958, sendo dirigido
por Franklin J. Schaffner (1920-1989). Ainda foi ator convidado em dois episódios
da série de TV Caravana, em 1962 e
1964. Tendo suas raízes no teatro, Ryan
também foi membro ativo em peças teatrais. A partir de 1954, participou de
montagens de William Shakespeare, como Coriolanus. Interpretou São Thomas Beckett na montagem de
Assassinato na Catedral, de T. S
Eliot. Em 1960, outra montagem de Shakespeare, Anthony and Cleopatra, como Marco Antônio atuando ao lado da diva
Katharine Hepburn (1908-2003). Foi nessa época que junto com John Houseman e
Sidney Harmon fundou o grupo teatral da UCLA.
Mais tarde, em 1968, junto com Henry Fonda e Martha Scott fundou a Plumstead Playhouse Companhia de
Repertório.
Robert Ryan na pele de São João Batista, em REI DOS REIS (1961), obra sacra de Nicholas Ray. |
SÃO JOÃO BATISTA EM
REI DOS REIS (1961)
Acostumado em interpretar
inúmeros desajustados e vilões, Robert Ryan se surpreendeu quando o escalaram
para interpretar o último profeta do Antigo Testamento na superprodução bíblica
Rei dos Reis/King Of Kings (1961),
João Batista, o santo eremita que batizou Jesus Cristo nas margens do Rio
Jordão, na Palestina. A obra foi dirigida pelo velho parceiro do ator, Nicholas
Ray, e versa sobre a vida e paixão de Cristo (interpretado por Jeffrey Hunter).
Trabalhou por duas semanas na Espanha sob a supervisão de Ray antes de voltar
para os Estados Unidos, para atuar na peça com Katharine Hepburn Anthony and Cleopatra. Ryan chegou a
comentar que ficou surpreso ao receber o papel, pois contava ganhar a parte de
Judas Iscariotes (que ficou para Rip Torn) pelo fato de desempenhar no cinema, em grande parte, figuras
vilanescas.
Ryan com John Wayne em O MAIS LONGO DOS DIAS (1962) - mega produção de Daryl F. Zanuck para 20th Century-Fox. |
Em 1962, Robert Ryan ingressou no papel do Brigadeiro americano James Gavin na
ambiciosa produção bélica da 20th Century-Fox, O Mais Longo dos Dias/The Longest Day produzida por Darryl F.
Zanuck (1902-1979), espetáculo que conta as últimas horas para do DIA-D,
operação realizada a 6 de junho de 1944 que marcou o começo do fim da II Guerra
Mundial, quando as forças aliadas invadiram a Normandia, baseado em livro de
Cornellius Ryan (1920-1974). Elenco
multiestrelar (John Wayne, Henry Fonda, Robert Mitchum, Rod Steiger, Richard
Burton, Mel Ferrer, Sean Connery, Jeffrey Hunter, Roddy McDowall, Curd Jurgens,
Peter Lawford, Robert Wagner, entre outros). Foi o filme em preto &
branco mais caro já realizado (US$ 10 milhões), e o filme em preto & branco
que maior renda obteve na história do cinema (US$ 17, 5 milhões só no mercado
norte-americano), chegando a competir ao Oscar de melhor filme de 1962 (perdeu para Lawrence da Arábia, de
David Lean), mas em compensação conquistou os Oscares de melhores efeitos
especiais e melhor fotografia em preto & branco. O MAIS
LONGO DOS DIAS foi dirigido por cinco diretores: Ken Annakin, Andrew
Marton, Bernard Vicky, Gerd Oswald, e Darryl F. Zanuck ( não creditado).
O VINGADOR DOS MARES (1962) - Com Terence Stamp e Peter Ustinov, que também dirigiu o filme. |
Ainda em 1962, Ryan rodou na
Inglaterra O Vingador dos Mares/Billy
Budd, no papel de um sádico Mestre de Armas de um navio, em que o
personagem-título (interpretado por Terence Stamp) é torturado física e
psicologicamente. A fita, baseada em romance de Herman Melville (Moby Dick), foi dirigida por Peter
Ustinov (1921-2004), que fez também a parte como o comandante do navio.
PAPÉIS QUE NÃO PEGOU
Geralmente focado e
disciplinado, Robert Ryan raramente recusava convites para atuar nos filmes.
Entretanto, ele teve em mãos dois papéis importantes, e curiosamente, em filmes
bíblicos. Ele foi considerado para viver o vilão Messala no estrondoso épico Ben-Hur,
de William Wyler, em 1959. Mas devido ao contrato com dois filmes para a United
Artist, ele desistiu de pegar a parte, que foi para Stephen Boyd. Anos antes, foi um dos candidatos para
interpretar Sansão no clássico de Cecil B. DeMille Sansão e Dalila, em 1949. Mas o papel ficou para
Victor Mature.
OSCAR
Embora fosse agraciado com soberbas
interpretações, Robert Ryan foi indicado apenas uma única vez para uma
premiação da Academia – justamente por Rancor-Crossfire
(1947), para Melhor Ator Coadjuvante. Depois disso, nunca mais obteve uma indicação,
muito embora fizesse parte de várias cerimônias do evento, exibidas pela
televisão.
POLÍTICA
Na Política, Ryan foi um
democrata ativo, trabalhou para as boas relações entre as raças e para o
desarmamento. Ajudou a organizar e a dirigir um grupo de teatro na Universidade
da Califórnia, e em 1951, Ryan, ajudado por sua esposa Jessica, fundou a Escola
de Oakwood, com a missão de promover valores humanísticos. A escola, que foi
aberta no quintal da casa dos Ryans, é considerada até hoje uma das melhores
dos Estados Unidos. Na década de 1960, Robert Ryan tornou-se uma "pomba
militante", conduzindo o comitê que já fazia os primeiros protestos contra
a Guerra do Vietnã. Em 1962, Ryan mudou-se com a família para Nova York, onde
ficou por três anos sem atuar em algum filme, preocupado com o ritmo de coisas
que vinham acontecendo nos Estados Unidos, desde os problemas com o Vietnã, até
com possíveis ameaças a vida do Presidente John Kennedy (o que ocorreu de fato, com seu assassinato em novembro de 1963), e o ator, contribuindo, como podia, para as causas
sociais e políticas dos EUA, como um grande ativista dos direitos humanos.
Participou da Convenção Democrata de 1968 em sua terra natal, Chicago, apoiando o Senador Democrata Eugene McCarthy. Ryan, como muitos atores e profissionais de cinema norte-americanos, foram chamados para interrogatório do famigerado “caça as bruxas” do Senador Joseph McCarthy. Ryan lembrou anos mais tarde:
"Quando McCarthy começou o
interrogatório, eu esperei ser um alvo simples...mas não. Acho que ele viu que
eu por ter um nome irlandês, ser filho de católico, e ex-Fuzileiro da Marinha,
ele abrandou com suas perguntas".
Robert Ryan foi membro ativo do
ACLU(do português, UNIÃO AMERICANA DAS LIBERDADES CIVIS), um grupo de
pensamento liberal e democrata americano, além de ser membro dos UN, sendo presidente
na filial desta do sul da Califórnia.
FAMÍLIA
Ryan com a esposa Jessica e os filhos pequenos Walker e Cheyney. |
Fora do ambiente hollywoodiano,
e vivendo modestamente, Ryan e Jessica educavam seus filhos dentro dos
valores humanitários, e a esposa de Ryan, uma educadora, juntamente com o
marido, abriram um centro de aprendizagem que oferecia uma alternativa as
escolas públicas que não tinham vagas devido a aglomeração, a Escola de
Oakwood. Com Jessica, Ryan teve três filhos: Walker (nascido em 13 de abril de
1946), Cheyney (10 de março de 1948) e Lisa (10 de setembro de 1951).
Com a filha Lisa, em 1955. |
A escola foi aberta dentro do
quintal de sua casa. Alguns vizinhos, de pensamentos conservadores e
republicanos (para não dizer reacionários!), não viram o projeto do ator e de sua esposa com bons olhos, e
inclusive chegaram a pinchar as portas da casa do ator, com cruzes, e ofensas,
chamando-o de "comunista".
Ryan era avesso às badalações de
Hollywood, e mesmo ganhando muito dinheiro, preferiu levar uma vida modesta com
sua família. Decerto que suas ações nas
telas, na personificação de vilões, delinquentes e psicopatas, contrastavam com suas reais
atitudes humanitárias. Sua capacidade de desempenhar pessoas que nada tinham a
ver com sua personalidade era na realidade uma obstinada adesão a um padrão
artístico que o ator desenvolveu a partir de suas próprias experiências.
VOLTA ÀS TELAS
De volta ao cinema após um período de três anos,
Robert Ryan marcou presença nas seguintes produções:
UMA BATALHA NO INFERNO (1965) - Com Henry Fonda. |
Uma Batalha No Inferno/Battle of
The Buldge, em 1965, trouxe Ryan junto a Henry Fonda, Robert Shaw, e Telly
Savalas, sobre o conflito nas Ardenas durante a II Guerra, em um vigoroso
espetáculo bélico no formato Cinerama, dirigido por Ken Annakin (1914-2009).
Ryan entre OS PROFISSIONAIS (1965), de John Sturges. Burt Lancaster, Lee Marvin e Woody Strode. |
Os Profissionais/The Professionals, em 1966, Western que
procurou dar uma resposta aos faroestes italianos. Com direção de Richard Brooks (1912-1992), tem uma movimentada aventura com um elenco de primeira grandeza (além de Ryan,
Lee Marvin, Burt Lancaster, Jack Palance, e Claudia Cardinale).
A Hora da Pistola/Hour of The Gun - memorável western de
John Sturges produzido em 1966 que retoma ao tema de Sem
Lei e Sem Alma, realizado pelo cineasta 10 anos antes. Não se trata de uma
sequência da fita com Burt Lancaster e Kirk Douglas, mas de uma versão mais realista
do tiroteio de OK. Corral, com James
Garner (1928-2014) como Wyatt Earp, Jason Robards (1922-2000), e Robert Ryan
desempenhando Ike “Old Man” Clanton.
Rendido por Charles Bronson: OS DOZE CONDENADOS (1967), de Robert Aldrich. |
Os Doze
Condenados/The Dirty Dozen, aventura de Guerra dirigida por Robert
Aldrich (1918-1983) com elenco all-star (Lee Marvin, Charles Bronson, Ernest
Borgnine, John Cassavetes, Jim Brown, Clint Walker, e outros), e rodado em
locações e estúdios britânicos.
Os Bravos não se Rendem/Custer of the West, feito
na Espanha em 1968, em uma breve participação de Ryan, com Robert
Shaw (1927-1978) como o intrépido e arrogante militar norte-americano George
Armstrong Custer (1839-1876), em uma cinebiografia sem fantasias dirigida por
Robert Siodmak (1900-1973).
Com Arthur Kennedy, no faroeste italiano CAÇA AO PISTOLEIRO (1967). |
Caça ao Pistoleiro/Minuto por Pregare Un Instante Por Morire (Itália)/Dead Or Alive (EUA) - exemplar de
Western Spaghetti, atuando ao lado de
Arthur Kennedy (1914-1990) e Alex Cord (1933-2021) e rodada em Alméria, Espanha, sob a
direção de Franco Giraldi (1931-2020).
MEU ODIO SERA
SUA HERANCA
(1969)
Em 1969, o cineasta “Poeta da
Violência” Sam Peckinpah (1925-1984) apresentou para as plateias do mundo seu
surpreendente espetáculo Meu Ódio Será
Sua Herança/The Wild Bunch, 1969, considerada por muitos sua obra máxima no
cinema, que revitalizou o Western americano até então superado pelas produções
europeias do gênero. Ryan foi convocado para viver Dick Thorton, um caçador de
recompensas outrora fora da lei, que persegue a quadrilha de seu ex-comparsa
Pike Bishop (William Holden).
Com Albert Dekker, em MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA (1969), obra do Western por Sam Peckinpah. |
O sucesso de The Wild Bunch teve
merecidos méritos, entre os quais as destacáveis e soberbas atuações de Ryan,
Holden, Ernest Borgnine, e a assinatura de um grande cineasta como Sam Peckinpah. Peckinpah era um diretor imprevisível. De
temperamento agitado, ansioso, e às vezes até violento, ele recorreu ao álcool
e a cocaína como meio de fuga depois de 1965. Poderia falar bem ou mal de seus
atores, mas quando falava mal, nem sempre era no cara a cara. Teria tido um desentendimento com Robert Ryan (que na
época já estava doente) e pensou em chama-lo para brigar. Mas ao informarem que o veterano ator havia sido pugilista e campeão de boxe amador na
faculdade, Peckinpah teria se esquivado e passado a tratar melhor o ator.
ÚLTIMOS TRABALHOS
MATO EM NOME DA LEI (1970) - de Michael Winner. Último western de Ryan. |
Quando a década de 1970 se
inicia, Robert Ryan descobre que tem câncer, mas ainda continua trabalhando. Em
1970, fez para o diretor Michael Winner (1935-2013) Mato em Nome da lei/Lawman,
de 1970, western tenso e psicológico com dimensão de tragédia grega, atuando
com o amigo Burt Lancaster, e ainda no elenco Jee J. Cobb (1911-1976) e Albert
Salmi (1928-1990). Ryan gostou tanto de trabalhar com o jovem cineasta inglês que
declarou: "Um novato que gosta de
montar o filme na câmera, como o Velho Ford (John Ford)"
Com o amigo Burt Lancaster, em seu último filme: O ASSASSINATO DE UM PRESIDENTE (1973). |
Ryan despediu-se das telas com Assassinato
de um Presidente/Executive Action, de 1973,de David Miller, também estrelado por Lancaster, retratando sobre o
assassinato do Presidente Kennedy, e a possível conspiração dos bastidores de
dentro da própria Casa Branca.
O CINEMA SEGUNDO
ROBERT RYAN
Ao longo de quase quatro
décadas, Robert Ryan não foi apenas um ator brilhante e competente, mas também um ilustre observador da indústria cinematográfica
e crítico ao andamento do cinema moderno. Destacam-se a seguir alguns dos
comentários proferidos pelo saudoso ator, em entrevista concedida em 15 de julho de 1971 e publicada na ocasião pelo jornal O Globo:
SOBRE O SISTEMA DE ESTÚDIO EM
HOLLYWOOD: O velho sistema de estúdios em
que comecei tinha muitos erros e apenas um par de virtudes. O que havia de
errado, principalmente, era o conformismo diante de um certo tipo de filmes. A
escolha era limitada. Existia os Westerns, a história triste de amor, e os
filmes de Louis B Mayer sobre gente bonita e rica, morando em casas de luxo e
levando uma vida sem problemas.
SOBRE A VIOLÊNCIA NO CINEMA: Nunca poderá se dizer com certeza se
retratar a violência é uma coisa boa ou ruim. Alguns afirmam que tais filmes
incitam a agressividade. Outros acham que evitam que as mesmas aconteçam na
vida real. Na verdade não existe uma resposta exata. A violência faz parte dos
dias atuais. É impossível negar isso. Só espero que se encontre outro caminho.
AS MULHERES: As mulheres ainda preferem o romantismo que
é o que aparece agora nos seriados pela televisão. É a crise doméstica noite
após noite, semana após semana. Para elas, a comédia burlesca é mais atraente do
que a violência. A mulher nunca ri vendo um tipo levar um pontapé no traseiro.
Um homem sim.
SOBRE A DIREÇÃO CINEMATOGRÁFICA E
TEATRO: Não tenho o menor desejo de me
tornar diretor. Talvez entre os atores eu seja um caso único. Também não me
sinto tão apetecido pelo palco, muito embora tenha começado nele quando tinha
28 anos e ainda participe de muitas produções teatrais. A verdade é que o
teatro oferece a vantagem de contato direto com o público. Mas a força de
representar o mesmo papel todas as noites, numa longa temporada, o ator costuma
se cansar. No fim pode até acabar dando um tiro na cabeça ou incendiar o teatro
(risos).
SOBRE SPENCER TRACY, MARLON
BRANDO E DUSTIN HOFFMAN: Quando comecei
em Hollywood, era capaz de passar horas a fio vendo Spencer Tracy trabalhar.
Mas nunca tentei imita-lo e seria a pior coisa para um ator. Por exemplo,
Marlon Brando, por ser único e tão brilhante, conseguiu arrasar uma geração de
atores que tentavam copiar seu estilo. Desta nova geração, admiro Dustin
Hoffman, que é um bom ator, mas um ator de caráter. Quando iniciei minha
carreira, ninguém seria capaz de fazer o mesmo que Dustin: um filme de grande
êxito como “The Graduate” (A Primeira Noite de Um Homem), e há pouco, “John and Mary”,
que quase passou despercebido. Era o tempo do Star-System, onde o astro tinha
que manter bilheteria para continuar trabalhando. Hoje em dia pode surgir um
ator brilhante que desaparece de circulação depois de um ou dois filmes. O
cinema atual garante uma roda viva de atores e atrizes excelentes, mas apenas
de fama temporária.
SER ATOR É NUNCA PARAR: Sinto-me quase totalmente livre de sentimentos atormentados como o ciúme e a inveja. Hoje em dia sou muito mais capaz de admirar os outros, de reconhecer meus próprios erros e, por conta disso, de ser mais feliz também. Quando olho para essa nova geração que está começando, lembro-me de um conselho que recebi de um produtor radiofônico a quem pedi trabalho. Eu tinha 28 anos e já era um pouco velho para começar. Ele me falou: “a carreira de ator leva muito tempo para ser aprendida. Você tem que agarrar cada oportunidade que surgir e nunca parar, não importando o que vai ter que fazer e nem quanto vai ganhar”. E isso é verdade. Certa vez, fiquei um ano em Long Island numa companhia teatral representando todos os papéis do repertório. Foi duro, passei apertos, mas experiência revelou-se formidável. Como disse John Ford, ninguém se torna melhor diretor não dirigindo. O conselho vale igualmente para quem quer ser ator.
ÚLTIMOS
MOMENTOS
Ryan costumava dizer que nasceu
para ser um solitário, influenciado pela precoce morte do irmão John, em 1917.
Algo que o fez refletir durante muito tempo, principalmente em 1972, quando sua
esposa Jessica faleceu vítima de câncer, após 37 anos de um convívio feliz. Mas
o ator também estava travando luta também contra a doença, no entanto, ele não se
entregou. Viúvo, e diagnosticado dois anos antes com o mesmo mal, procurou,
mesmo em seus derradeiros dias, atuar e trabalha. Ele fez uma declaração sobre seu estado de saúde à imprensa:
"Então
o que diabos eu tenho para reclamar? Meu irmão morreu na idade de 8 anos e
sempre pensei nele em toda a minha vida. Ele sequer começou a vida dele. No
início, você entra em choque, e então depois, você se conforma. Eu sou muito
mais tolerante agora do que antes, que sei que estou no fim do meu tempo. Eu
vejo as árvores, as flores, e as meninas bonitas. Eu vejo a beleza que eu tinha
esquecido. Em verdade, hoje aprecio melhor a vida no seu dia a dia".
Robert Ryan morreu a 11 de
julho de 1973, aos 63 anos de idade, de câncer no pulmão, num hospital de Nova
York. Pouco antes de sua morte, Ryan mudou-se para um apartamento (número 72)
no edifício Dakota, em Nova York. Mais tarde, seus filhos alugaram (e em
seguida, venderam) o apartamento para John Lennon e Yoko Ono. O ator também declarou
publicamente seu uso constante de cigarros por conta de sua enfermidade.
O funeral de Ryan foi realizado a 16 de julho de 1973, na Igreja do Santíssimo Sacramento, em Manhattan. Presentes a cerimônia estavam, entre outros,
Myrna Loy, Jason Robards, Dore Schary e John McGiver. Seus restos mortais
repousam em jazigo da família.
Um ator notável, poderoso,
inteligente e culto, segundo seus fãs e amigos. Nos últimos anos em que veio lutando
contra a doença, Robert Ryan nunca esmoreceu, e tudo que declarou para colegas
de profissão e amigos pessoais se confirmavam perante a personalidade forte do
artista:
“Representei uma variedade de papéis muito maior do que as pessoas imaginam. Pelo
que parece, já viram. O fato de muita gente pensar que só representei tipos
grosseiros e vilões me faz acreditar que nunca viram a maior parte dos meus
filmes No entanto, nunca deixei de trabalhar de forma que não tenho motivo de
queixa” – Declarou Ryan pouco antes de seu falecimento.
LEGADO
Amigos próximos e colegas de
profissão lamentaram muito a perda do grande ator, e possivelmente um dos
maiores humanistas do Século XX. De seus amigos mais íntimos, estava o também
saudoso Ernest Borgnine (1917-2012), com quem atuou em três filmes.
Ernest Borgnine, um dos melhores amigos de Robert Ryan |
Por volta do ano de 1999 ou
2000, um fã de Borgnine pediu-lhe um autógrafo, e mostrou uma foto da equipe de
atores de Meu ódio Será sua Herança, e
na foto estava, entre outros, Robert Ryan. Ao ver a imagem do saudoso
amigo, Borgnine se emocionou, dizendo que era um ator e um ser humano
maravilhoso, e nisso uma lágrima veio a escorrer no rosto de Borgnine. O
veterano ator se recompôs, enxugou a
lagrima, assinou a foto para o fã, e foi embora. Dos amigos mais chegados de Ryan ainda estavam os atores Cary Grant, Lee Marvin, e Myrna Loy.
Ryan com Jeff Bridges em O HOMEM DE GELO (1973). |
Outro filho do ator, Tim,
declarou em um artigo alguns anos atrás no jornal Chicago Reader, que seu pai achava que “tinha um monte de demônios”
e que falava frequentemente sobre seu estado de espírito “negro irlandês”, como
ele brincava. Quem sabe Ryan percebendo que tinha todas essas pessoas a agir
dentro dele foi uma maneira de exorcizá-los? Ou quem sabe pudesse realmente
conhecer alguém em seu passado que se tornou a inspiração para as almas
danificadas que ele expressou no cinema? Seja como for, a Sétima Arte ganhou seu maior tributo através do talento e na humanidade de Robert Ryan, cujos méritos não merecem ser esquecidos, passados mais de 50 anos de sua morte.
FILMOGRAFIA
O CASTELO SINISTRO – The Ghost Breakers - 1940- PARAMOUNT – Direção:
George Marshall. Elenco: Bob Hope, Paulette Goddard,
Richard Carlson, Paul Lukas, Pedro de Cordoba, Anthony Quinn, Robert Ryan (não
creditado).
MULHER DIABÓLICA - Queen of the Mob – 1940 – PARAMOUNT – Direção: James
P. Hogan. Elenco: Ralph Bellamy, Blanche Yurka, J. Carroll Nash, Jeanne Cagney,
Richard Denning, Hedda Hopper, Robert Ryan (não creditado).
LUVAS DE OURO - Golden
Gloves - 1940- PARAMOUNT -Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Richard Denning, Jeanne Cagney, J. Carroll
Nash, Robert Paige, Edward Brophy, Robert Ryan.
LEGIÃO DE HERÓIS - North West Mounted Police – 1940 –
PARAMOUNT - Direção: Cecil B DeMille. Elenco: Gary Cooper, Paulette Goddard,
Preston Foster, Robert Preston, George Bancroft, Ward Bond, Akim Tamiroff,
Walter Hampden, Boris Karloff, Robert Ryan (não creditado).
A VOLTA DOS
MOSQUETEIROS – Texas Rangers Rides Again – 1940 – PARAMOUNT - Direção: James P.
Hogan. Elenco: Ellen
Drew, John Howard, Akim Tamiroff, May Robson, Broderick Crawford. Robert Ryan
(não creditado).
Robert Ryan com Randolph Scott e Anne Jeffreys: O PASSO DO ÓDIO (1947) |
BOMBARDEIO – Bombardier – 1943 – RKO - Direção:
Richard Wallace e Lambert Hillyer. Elenco: Pat O’ Brien, Randolph Scott, Anne
Shirley, Eddie Albert, Walter Reed, Robert Ryan, Barton MacLaine, Leonard
Strong.
TUDO POR TI - The Sky's the Limit – 1943 – RKO –
Direção: Edward H. Griffith. Elenco: Fred Astaire, Joan Leslie, Robert
Benchley, Robert Ryan, Elizabeth Patterson.
FORJADOR DE HOMENS - The Iron Major – 1943- RKO –
Direção: Ray Enright. Elenco: Pat O’ Brien, Robert Ryan, Ruth Warrick, Leon
Ames, Russell Wade, Bruce Edwards.
ATRÁS DO SOL NASCENTE - Behind the Rising Sun – 1943-
RKO – Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Margo, Tom Neal, J. Carroll Nash, Robert
Ryan, Gloria Holden, Donald Douglas, Mike Mazurki, Leonard Strong.
UM DRAMA EM CADA VIDA -
Gangway for Tomorrow – 1943 – RKO - Direção: John H Auer. Elenco: Margo, John Carradine, Robert Ryan, Amelita
Ward, William Terry, Harry Davenport.
Com Ginger Rogers: MULHERES DE NINGUÉM (1943) |
MULHERES DE NINGUÉM -
Tender Comrade – 1943- RKO – Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Ginger Rogers, Robert Ryan, Ruth Hussey,
Patricia Collinge, Kim Hunter.
INFERNO NO PACÍFICO -
Marine Raiders – 1943- RKO – Direção: Harold D. Schuster. Elenco: Pat O’ Brien, Robert Ryan, Ruth Hussey, Frank
McHugh, Barton MacLaine, Martha Vickers, Richard Martin.
O PASSO DO ÓDIO - Trail
Street – 1947 – RKO – Direção: Ray Enright. Elenco: Randolph Scott, Robert Ryan, Anne Jeffreys,
George “Gabby” Hayes, Madge Meredith, Steve Brodie, Billy House.
A MULHER DESEJADA - The Woman on the Beach – 1947- RKO
– Direção: Jean Renoir. Elenco: Joan Bennett, Robert Ryan, Charles Bickford,
Nan Leslie, Walter Sande, Irene Ryan.
RANCOR- Crossfire – 1947- RKO – Direção: Edward
Dmytryk. Elenco: Robert Young, Robert Mitchum, Robert Ryan, Gloria Grahame,
Paul Kelly, Sam Levene, Jacqueline
White, Steve Brodie, George Cooper, Lex Barker.
Poster americano de EXPRESSO PARA BERLIN (1948). |
EXPRESSO PARA BERLIM – Berlin Express – 1948- RKO –
Direção: Jacques Tourneur. Elenco: Merle Oberon, Robert Ryan, Charles Korwin,
Paul Lukas, Robert Coote, Reinhold Schünzel, Roman Toporow, Peter von Zerneck.
A VOLTA DOS HOMENS MAUS – Return of the Badmen – 1948-
RKO – Direção: Ray Enright. Elenco: Randolph Scott, Robert Ryan, Anne Jeffreys,
Jacqueline White, Steve Brodie, Tom Keene, Lex Barker, Walter Reed, Robert
Armstrong, Tom Tyler.
O MENINO DOS CABELOS VERDES - The Boy With Green Hair-
1948 – RKO – Direção: Joseph Losey. Elenco: Pat O’ Brien, Robert Ryan, Barbara
Hale, Dean Stockwell, Richard Lyon, Regis Toomey.
ATO DE VIOLÊNCIA – Act of Violence – 1948 – METRO
(MGM) – Direção: Fred Zinnemann. Elenco: Van Heflin, Robert Ryan, Janet Leigh,
Mary Astor, Phyllis Thaxter, Berry Kroeger, Taylor Holmes.
Looby Card de PUNHOS DE CAMPEÃO (1949) |
CORAÇÃO PRISIONEIRO –
Caught – 1949 – METRO (MGM) – Direção: Max Ophüls. Elenco: James Mason, Barbara Bel Geddes, Robert Ryan,
Frank Ferguson, Curt Bois, Natalie Schafer.
PUNHOS DE CAMPEÃO – The Set-Up – 1949 – RKO - Direção:
Robert Wise. Elenco: Robert
Ryan, Audrey Totter, George Tobias, Alex Baxter, Wallace Ford, Percy Helton,
Hal Baylor, Darryl Hickman, Kevin O'Morrison, David Clarke, James Edwards.
NUVENS DE TEMPESTADE - The Woman on Pier 13 – 1949 –
RKO- Direção: Robert Stevenson. Elenco: Robert Ryan, Laraine Day, John Agar,
Thomas Gomez, Janis Carter, Richard Rober.
CADA VIDA…SEU DESTINO -
The Secret Fury – 1950- RKO- Direção: Mel Ferrer. Elenco: Claudette Colbert, Robert Ryan, Paul Kelly,
Jane Cowl, Philip Ober, Vivian Vance.
Divulgação de um jornal carioca de ALMA SEM PUDOR (1950). |
ALMA SEM PUDOR - Born to Be Bad – 1950 – RKO –
Direção: Nicholas Ray. Elenco: Joan Fontaine, Robert Ryan, Zachary Scott, Joan
Leslie, Mel Ferrer, Harold Vermilyea, Virginia Farmer.
LAÇOS DE SANGUE - Hard, Fast and Beautiful! – 1950 –
RKO- Direção: Ida Lupino. Elenco: Claire Trevor, Sally Forrest, Carleton J. Young,
Robert Clarke, Robert Ryan (não creditado).
O MELHOR DOS HOMENS MAUS – The Best of The Badmen –
RKO- 1951. Direção: William D. Russell. Elenco: Robert Ryan, Claire Trevor,
Robert Preston, Walter Brennan, John Archer, Bruce Cabot, Lawrence Tierney,
Barton MacLaine, Tom Tyler, Robert J. Wilke, Carleton Young.
HORIZONTE DE GLÓRIA -
Flying Leathernecks – 1951- RKO- Direção: Nicholas Ray. Elenco: John Wayne, Robert Ryan, Don Taylor, Janis
Carter, Jay C. Flippen, William Harrigan, James Bell.
A ESTRADA DOS HOMENS
SEM LEI – The Racket – 1951- RKO. Direção: John Cromwell (não creditados:
Nicholas Ray, Mel Ferrer, Tay Garnett, Sherman Todd). Elenco: Robert Mitchum, Lizabeth Scott, Robert Ryan,
William Talman. Ray Collins, Joyce Mackenzie, Robert Hutton, Virginia Huston,
William Conrad, Walter Sande.
Com a expressão de um marginal que expressa em seu rosto "a ficha caiu!" em A ESTRADA DOS HOMENS SEM LEI (1951). |
CINZAS QUE QUEIMAM - On
Dangerous Ground – 1951. RKO – Direção: Nicholas Ray. Elenco: Robert Ryan, Ida Lupino, Ward Bond, Charles
Kemper, Anthony Ross, Ed Begley, Ian Wolfe, Summer Williams, Frank Ferguson.
SÓ A MULHER PECA- Clash
By Night – 1952 – RKO – Direção: Fritz Lang. Elenco: Barbara Stanwyck, Paul Douglas, Robert Ryan,
J. Carroll Nash, Marilyn Monroe, Keith Andes, Silvio Minciotti.
Divulgação de um jornal carioca de ESCRAVO DE SI MESMO (1952) |
ESCRAVO DE SI MESMO -
Beware, My Lovely – 1952 – RKO – Direção: Harry Horner. Elenco: Ida Lupino,
Robert Ryan, Taylor Holmes, Barbara Whiting.
IMPÉRIO DO PAVOR –
Horizons West – 1952- UNIVERSAL – Direção: Budd Boetticher. Elenco: Robert Ryan, Julie Adams, Rock Hudson, Judith
Braun, John McIntire, Raymond Burr, James Arness, Dennis Weaver, Frances Bavier,
Rodolfo Acosta, Walter Reed.
Poster de CIDADE SUBMERSA (1953) |
RASTROS DO INFERNO – Inferno – 1953 – 20thCENTURY FOX
– Direção: Roy Ward Baker. Elenco: Rhonda Fleming, Robert Ryan, William Lundigan,
Larry Keating, Henry Hull.
TORMENTA NO ALASKA – Alaska Seas – 1954- PARAMOUNT –
Direção: Jerry Hopper. Elenco: Robert Ryan, Jan Sterling, Brian Keith, Gene
barry, Richard Shannon, Ross Bagdasarian, Timothy Carey.
SOMBRAS QUE VIVEM -
About Mrs. Leslie – 1954 – PARAMOUNT – Direção: Daniel Mann. Elenco: Shirley Booth, Robert Ryan, Marjie Millar,
Alex Nicol, Philip Ober, Sammy White, Eilene Janssen.
OS HOMENS DE SUA VIDA -
Her Twelve Men – 1954 – METRO (MGM) - Direção: Robert Z. Leonard. Elenco: Greer Garson, Robert Ryan, Barry Sullivan,
Richard Haydn, Barbara Lawrence, James Arness, Rex Thompson.
CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO - Bad Day at Black Rock – 1955
– METRO (MGM). Direção: John Sturges. Elenco: Spencer Tracy, Robert Ryan, Anne
Francis, Dean Jagger, Walter Brennan, Lee Marvin, John Ericson, Ernest
Borgnine, Russell Collins, Walter Sand.
Poster alemão de CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO (1954) |
SELVAS INDOMÁVEIS - Escape to Burma – 1955 – FILMCREST
PRODUCTIONS (Distribuição RKO). Direção: Allan Dwan. Elenco: Barbara Stanwyck,
Robert Ryan, David Farrar, Murvyn Vye, Lisa Montell, Robert Warwick, Reginald
Denny.
Poster de CASA DE BAMBU (1955) |
CASA DE BAMBU – House of Bambu – 1955 – 20thCENTURY
FOX – Direção: Samuel Fuller. Elenco: Robert Ryan, Robert Stack, Shirley
Yamaguchi, Cameron Mitchell, Brad Dexter, Sessue Hayakawa, DeForrest Kelley, Harry
Carey Jr.
NAS GARRAS DA AMBIÇÃO – The Tall Men – 1955 –
20thCENTURY FOX – Direção: Raoul Walsh. Elenco: Clark Gable, Jane Russell,
Robert Ryan, Cameron Mitchell, Juan García, Harry Shannon, Emile Meyer, Steve
Darrell.
A BORDA DA MORTE – The Proud Ones – 1956 – 20thCENTURY
FOX – Direção: Robert D. Webb. Elenco: Robert Ryan, Virginia Mayo, Jeffrey
Hunter, Robert Middleton, Walter Brennan, Arthur O'Connell, Ken Clark, Rodolfo
Acosta, George Mathews, Fay Roope, Edward Platt, Whit Bissell.
DE VOLTA PARA A ETERNIDADE - Back from Eternity- 1956-
JOHN FARROW PRODUCTIONS (Distribuição RKO) – Direção: John Farrow. Elenco:
Robert Ryan, Anita Ekberg, Rod Steiger, Phyllis Kirk, Keith Andes, Gene Barry, Fred
Clark, Beulah Bondi.
OS QUE SABEM MORRER – Men In War – 1957 –
SECURIT/UNITED ARTISTS - Direção: Anthony Mann. Elenco: Robert Ryan, Aldo Ray,
Robert Keith, Phillip Pine, Nehemiah Persoff, Vic Morrow, James Edwards, L Q
Jones, Scott Marlowe.
O PEQUENO RINCÃO DE DEUS - God's Little Acre – 1958 –
SECURITY/UNITED ARTISTS – Direção: Anthony Mann. Elenco: Robert Ryan, Aldo Ray,
Tina Louise, Buddy Hackett, Jack Lord, Fay Spain, Vic Morrow, Helen Westcott, Lance
Fuller, Rex Ingram, Michael Landon.
POR UM POUCO DE AMOR – Lonelyhearts – 1959 – UNITED
ARTISTS/DORE SCHARY PRODUCTIONS. Direção: Vincent J. Donehue. Elenco:
Montgomery Clift, Robert Ryan, Myrna Loy, Dolores Hart, Maureen Stapleton, Jackie
Coogan.
A QUADRILHA MALDITA - Day of the Outlaw – 1959 –
SECURITY/UNITED ARTISTS – Direção: Andre De Toth. Elenco: Robert Ryan, Burl
Ives, Tina Louise, Alan Marshal, Nehemiah Persoff, David Nelson, Jack Lambert,
Frank DeKova, Lance Fuller, Elisha Cook Jr.
HOMENS EM FÚRIA - Odds Against Tomorrow – 1959 –
UNITED ARTISTS/HARBEL PRODUCTIONS – Direção: Robert Wise. Elenco: Harry
Belafonte, Robert Ryan, Ed Begley, Gloria Grahame, Shelley Winters, Will Kuluva,
Wayne Rogers.
Poster de A QUADRLHA MALDITA (1959) |
O GIGANTE DE GELO - Ice
Palace – 1960. WARNER BROS
(WB). Direção: Vincent Sherman. Elenco: Richard Burton, Robert Ryan, Martha
Hyer, Jim Backus, Carolyn Jones, Diane McBain, Ray Danton, Karl Swenson, Shirley Knight.
HERÓIS DA POLÍCIA
MONTADA – The Canadians – 1961 – 20thCENTURY FOX – Direção: Burt Kennedy. Elenco: Robert Ryan, John Dehner, Torin Thatcher, Burt
Metcalfe, Jack Creley, Richard Alden, Teresa Stratas.
Com Carolyn Jones, Richard Burton e Martha Hyer: GIGANTE DE GELO (1960) |
REI DOS REIS – King of Kings – 1961- METRO
(MGM)/SAMUEL BRONSTON’S PRODUCTIONS – Direção: Nicholas Ray. Elenco: Jeffrey
Hunter, Siobhan McKenna, Hurd Hatfield, Ron Randell, Robert Ryan, Viveca
Lindfors, Rita Gam, Carmen Sevilla, Harry Guardino, Rip Torn, Royal Dano, Jose
Antonio Mayans, Conrado San Martin.
O diretor Nicholas Ray instruindo Robert Ryan no papel de São João Batista, e Ron RandelL, no set de REI DOS REIS (1961) |
O MAIS LONGO DOS DIAS – The Longest Day – 1962 –
20thCENTURY FOX/ ZANUCK PRODUCTIONS – Direção: Ken Annakin, Andrew Marton, Bernhard
Wicki, Darryl F. Zanuck. Elenco: John Wayne, Robert Mitchum,
Henry Fonda, Robert Ryan, Richard Burton, Mel Ferrer, Jeffrey Hunter, Sal
Mineo, Robert Wagner, Edmond O’ Brien, Sean Connery, Rod Steiger, Steve
Forrest, Stuart Whitman, Red Buttons.
O VINGADOR DOS MARES – Billy Budd – 1962 – ALLIED
ARTISTS PICTURES. Direção: Peter Ustinov. Elenco: Robert Ryan, Peter Ustinov, Terence Stamp,
Melvyn Douglas, Paul Rogers, John Neville, David McCallum.
REPORTAGEM PERIGOSA – The Crooked Road – 1965. ARGO FILM
PRODUCTIONS. Direção: Don Chaffey. Elenco: Stewart Granger, Robert Ryan, Nadia
Grey, Katherine Woodville, Marius Goring, George
Coulouris.
A GUERRA SECRETA - The
Dirty Game – 1965. EURO
INTERNATIONAL FILM. Direção: Terence Young, Christian-Jaque, Werner Klingler, Carlo
Lizzani. Elenco: Henry Fonda, Robert Ryan, Vittorio
Gassman, Annie Girardot, Bourvil, Robert Hossein, Peter van Eyck, Maria Grazia
Buccella, Mario Adorf, Jacques Sernas, Wolfgang Lukschy.
UMA BATALHA NO INFERNO - Battle of the Bulge – 1965-
WARNER BROS (WB) CINERAMA PRODUCTIONS CORP. Direção: Ken Annakin. Elenco: Henry
Fonda, Robert Shaw, Robert Ryan, Telly Savalas, Charles Bronson, Dana Andrews, George
Montgomery, Ty Hardin, Pier Angeli, Barbara Werle, Hans Christian Blech, James
MacArthur.
OS PROFISSIONAIS - The Professionals – 1966 – COLUMBIA
PICTURES – Direção: Richard Brooks. Elenco: Burt Lancaster, Lee Marvin, Robert
Ryan, Woody Strode, Ralph Bellamy, Jack Palance, Claudia Cardinale, Joe De
Santis, Rafael Bertrand, Jorge Martínez de Hoyos, Vaughn Taylor.
A HORA DA PISTOLA – Hour Of Gun – 1966 – UNITED
ARTISTS – Direção: John Sturges. Elenco: James Garner, Jason Robards, Robert
Ryan, Albert Salmi, Charles Aidman, Steve Ihnat, Michael Tolan, Larry Gates,
Jon Voight.
A GUERRA SECRETA (1965) |
O CADÁVER AMBULANTE - The Busy Body – 1967 – PARAMOUNT
– Direção: William Castle. Elenco: Sid Caesar, Robert Ryan, Anne Baxter, Kay
Medford, Jan Murray, Richard Pryor, Arlene Golonka, Charles McGraw, Dom DeLuise.
OS DOZE CONDENADOS (1967) |
OS BRAVOS NÃO SE RENDEM – Custer of The West – 1967-
SECURITY FILMS/CINERAMA PRODUCTIONS. Direção: Robert Siodmak. Elenco: Robert
Shaw, Mary Ure, Ty Hardin, Jeffrey Hunter, Lawrence Tierney, Marc Lawrence, Kieron
Moore, Robert Ryan.
CAÇA AO PISTOLEIRO - Un minuto per pregare, un istante per morire - 1967. CINERAMA RESEALING/COLUMBIA BAVARIA - Direção: Franco Giraldi. Elenco: Alex Cord, Arthur Kennedy, Robert Ryan, Enzo Fiemonte, Mario Brega, Nicoletta Machiavelli, Massimo Sarchielli
A BATALHA DE ANZIO - Anzio - 1968- COLUMBIA PICTURES - Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Robert Mitchum, Peter Falk, Earl Holliman, Mark Damon, Arthur Kennedy, Reni Santoni, Robert Ryan.
CAPITÃO NEMO E A CIDADE FLUTUANTE - Captain Nemo and
the Underwater City – 1969 – METRO (MGM). Direção: James Hill. Elenco: Robert
Ryan, Chuck Connors, Nanette Newman, Luciana Paluzzi, John Turner, Kenneth
Connor, Allan Cuthbertson, Ian Ramsey.
Divulgação de A HORA DA PISTOLA em jornal carioca. |
CAÇA AO PISTOLEIRO - Un minuto per pregare, un istante per morire - 1967. CINERAMA RESEALING/COLUMBIA BAVARIA - Direção: Franco Giraldi. Elenco: Alex Cord, Arthur Kennedy, Robert Ryan, Enzo Fiemonte, Mario Brega, Nicoletta Machiavelli, Massimo Sarchielli
A BATALHA DE ANZIO - Anzio - 1968- COLUMBIA PICTURES - Direção: Edward Dmytryk. Elenco: Robert Mitchum, Peter Falk, Earl Holliman, Mark Damon, Arthur Kennedy, Reni Santoni, Robert Ryan.
Edição alemã do DVD CAPITÃO NEMO E A CIDADE FLUTUANTE (1969) |
MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA – The Wild Bunch – 1969 - WARNER
BROS (WB)/SEVEN ARTS. Direção: Sam Peckinpah. Elenco: William Holden, Ernest
Borgnine, Robert Ryan, Ben Johnson, Warren Oates, Edmond O’ Brien, Jaime
Sanchez, Emilio Fernandez, Strother Martin, L Q Jones, Albert Dekker, Bo
Hopkins.
MATO EM NOME DA LEI –
Lawman – 1970 – UNITED ARTISTS/SCIMITAR FILMS. Direção: Michael Winner. Elenco: Burt Lancaster,
Robert Ryan, Lee J. Cobb,
Robert Duvall. Albert Salmi,
Sheree North, Richard Jordan, John McGiver, Ralph Waite, John Beck, Charles
Tyner.
Com o diretor Sam Peckinpah, durante as filmagens de MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA (1969). |
O HOMEM QUE SURGIU DE
REPENTE - La course du lièvre à travers les champs. 1972. COMPAGNIE COMMERCIALE
FRANÇAISE CINÉMATOGRAPHIQUE. Direção: René Clement. Elenco: Jean-Louis Trintignant, Robert Ryan, Lea
Massari, Aldo Ray, Jean Gaven, Tisa Farrow, Nadine Nabokov, André Lawrence.
QUANDO O ÓDIO EXPLODE -
Lolly-Madonna XXX – 1972. METRO (MGM). Direção: Richard C. Sarafian. Elenco: Rod Steiger, Robert Ryan, Jeff Bridges, Scott
Wilson, Katherine Squire, Tresa Hughes, Timothy Scott, Ed Lauter, Randy Quaid,
Gary Busey.
A QUADRILHA - The
Outfit – 1973. METRO (MGM). Direção:
John Flynn. Elenco: Robert Duvall, Karen Black, Joe Don Baker, Robert Ryan,
Timothy Carey, Richard Jaeckel, Sheree North, Felice Orlandi, Marie Windsor, Jane
Greer, Henry Jones, Joanna Cassidy, Tom
Reese, Elisha Cook Jr..
O HOMEM DE GELO – The Iceman Cometh – 1973 – 20thCENTURY
FOX – Direção: John Frankenheimer. Elenco: Lee Marvin, Fredric March, Robert
Ryan, Jeff Bridges, Bradford Dillman, Sorrell Booke, Hildy Brooks, Juno Dawson,
Moses Gunn, Clifton James.
O ASSASSINATO DE UM
PRESIDENTE – Executive Action – 1973 – NATIONAL GENERAL PICTURES. Direção: David Miller. Elenco: Burt Lancaster, Robert
Ryan, Will Geer, John Anderson, Paul Carr, Colby Chester, Ed Lauter, Walter
Brooke.
Programas de televisão que Robert Ryan participou:
1955 - Screen
Directors Playhouse
Episódio: Lincoln's
Doctor's Dog. Levado ao ar em 14 de dezembro de 1955. Ryan interpretou o Presidente dos Estados
Unidos Abraham Lincoln. No elenco: Charles Bickford, Richard
Long, Willis Bouchey. Direção: H.C. Potter
1957 - Mr.
Adams and Eve
Episódio: Adult
Western. Levado ao ar em 20 de Setembro de 1957. Obs:
Mr. Adams e Eve foi uma série televisiva estrelada por Ida Lupino e o
seu então marido Howard Duff. Robert Ryan teve uma participação especial. Direção:
Richard Kinon.
1957 e 1958 - Goodyear Theatre
Episódios:
Silhouette of a Killer: Levado ao ar em 30 de setembro de
1957. Direção: Alvin Ganzer. Com Robert Ryan e Beverly Garland.
The Crowd Pleaser – Levado ao ar em 9 de dezembro de
1957. Direção: Louis King. Com Robert Ryan, Stuart Whitman,
Jean Willes, Stacy Harris.
The White Flag – Levado ao ar em 17 de fevereiro de
1958. Direção: Robert Florey. Com Lynn Allen, Whit Bissell,
Robert Ryan, Ross Elliott.
Seventh Letter – Levado ao ar em 15 de março de 1958.
Direção: Robert Florey. Com
Robert Ryan, Virginia Gregg, Willard Sage.
The Giant Step – Levado ao ar em 28 de abril de 1958.
Direção: Robert Florey. Com Robert Ryan, Michael Landon, Harold J.
Stone.
1957 e 1958 - Alcoa
Theatre
Episódios:
On Edge – Levado ao ar em 18 de novembro de
1957. Direção: Tom Gries. Com Robert Ryan, Edward Binns, Fredd
Wayne.
The Face of Truth – Levado ao ar em 30 de dezembro de 1957.
Direção: Alvin Ganzer. Com Robert Ryan, Catherine McLeod, Paul E. Burns.
Hidden Witness – Levado ao ar em 27 de janeiro de
1958. Direção: Robert Florey. Com Robert Ryan, Barbara Eiler,
Michael Pate, Lawrence Dobkin.
The Perfectionist – Levado ao ar em 19 de maio de 1958. Direção: Robert
Florey. Com Robert Ryan, Frances Rafferty, Lawrence Dobkin, Ellen Corby.
1958 - Playhouse 90
Episódio: The Great
Gatsby (O Grande Gatsby) – Levado ao ar em 26 de junho de 1958. Direção: Franklin
J. Schaffner. Com Robert Ryan, Jeanne Crain, Barry Atwater, Val Avery, Patricia
Barry, Virgina Grey.
1956 e 1959 - Zane Grey Theater
Episódios:
You Only Run Once – Levado ao ar em 5 de outubro de 1956.
Direção: Felix E. Feist. Com Robert Ryan, Cloris Leachman, John
Hoyt, Whit Bissell.
Trial by Fear – Levado ao ar em 10 de janeiro de
1958. Direção: James Sheldon. Com Robert Ryan, Harold J.
Stone, Edward Platt, David Janssen.
To Sit in Judgment – Levado ao ar em 13 de novembro de
1958. Direção: John English. Com Robert Ryan, Betsy
Jones-Moreland, Michael Pate, Harry Dean Stanton.
Interrogation - Levado ao ar em 1º de outubro de 1958. Direção: James Sheldon. Com Robert Ryan, Harry Townes, Alexander Scourby, Don Diamond.
1960 - Buick-Electra Playhouse
Episódio: The Snows of
Kilimanjaro (As Neves do Kilimanjaro). Levado ao ar em 25 de março de 1960.
Direção: John Frankenheimer. Com Robert Ryan, Mary Astor, Norma Crane,
James Gregory, Brock Peters, Frank
Puglia.
1962- 1964 - Caravana
Episódios:
The John Bernard Story– Levado ao ar em 21 de novembro de
1962. Direção: Allen H. Miner. Com John McIntire, Frank McGrath, Terry
Wilson, Denny Miller, Robert Ryan (participação especial como o Padre John
Bernard).
The Bob Stuart Story – Levado ao ar em 20 de setembro de 1964. Direção: Virgil W. Vogel. Com John McIntire, Robert Fuller, Frank McGrath, Terry Wilson, Michael Burns, Robert Ryan (participação especial como Bob Stuart).
1964 - The Reporter
Episódio: No Comment. Levado ao ar em 30 de outubro de 1964. Direção: Gene
Nelson. Com Harry Guardino, Gary Merrill, Robert Ryan, Warren Oates, Eugene
Rocha.
1966 - Bob Hope Presents the Chrysler Theatre
Episódio: Guilty
or Not Guilty. Levado ao ar em 9 de março de 1966. Direção: Roland Kibbee,
David Lowell Rich. Com Richard Beymer, Robert Duvall, Leif Erickson, Robert
Ryan, Leslie Nielsein, Diana Hyland.
FILMES PARA TV
1970 - The Front Page. Direção: Alan Handley.
Com Robert Ryan, George Grizzard, Helen Hayes, Vivian Vance, Estelle Parsons, John
McGiver.
1971 - The Man Without a Country. Direção: Delbert Mann. Com Clift Robertson, Beau Bridges, Peter Straus, Robert Ryan, Walter Abel.
1971 - The Man Without a Country. Direção: Delbert Mann. Com Clift Robertson, Beau Bridges, Peter Straus, Robert Ryan, Walter Abel.
TEATRO
PEÇAS ENCENADAS POR
ROBERT RYAN.
TOO MANY HUSBANDS (1939), de W. Somerset Maugham,
Theatre de Belasco,
Los Angeles.
A KISS FOR CINDERELLA
(1940), de J.M. Barrie, com Luise Ranier. Ryan apareceu também em várias peças
durante o festival de verão em Dennis, Masssachusetts; Maplewood, Nova Jersey;
Arden, Delaware.
CLASH BY NIGHT (1941), de Clifford Odets, dirigido por
Lee Strasberg. Como Joe Doyle, com Tallulah Bankhead, Joseph Schildkraut, Lee
J. Cobb, Theatre de Schubert, Filadélfia, Pensilvânia, Theatre Belasco, New
York.
CORIOLANUS (1954), de
Shakespeare, produzido e encenado por John Houseman. Como Coriolanus, com
esmeril de John, Mildred Natwick, John Randolph, Will Geer, Alan Napier, Lori
March, Jack Klugman, mais imóvel Jerry, Gene Saks, Michael Tolan, Jack Bittner,
e outros. Theatre Phoenix,
New York.
THE TIGER AT THE DOORS (1957), de Giraudoux, dirigiu
por Harold J. Kennedy, Com John Ireland, Mary Astor, Marilyn Erskine, Ray
Danton, e outros. Theatre Sombrero, Phoenix, Arizona e
Theatre Ivar, Los Angeles.
OBS: Robert Ryan Fundou
o grupo teatral da UCLA, com John Houseman e Sidney Harmon, em 1959
THE MURDER IN CATHEDRAL (1959), de T.S. Eliot, dirigiu
por John Houseman. Como Thomas Beckett. Com Richard Hale, Robert Gist, Theodore
Marcuse, John Hoyt, Alan Napier, Joseph Ruskin, Robert Casper, Stephen Joyce,
Pippa Scott, Doris Lloyd, Betty Harford, e outro, Schoenberg Salão, UCLA.
ANTONY E CLEOPATRA
(1960), de William Shakespeare, encenado por Jack Landau. Como Antonio. Com Katharine Hepburn, Douglas Watson, John Harkins,
Donald Davis, Patrick Hines, Earle Hyman, Annie Fielding, John Ragin, Morris
Carnovsky, Will Geer, Clifford James, Sada Thompson, e outro, Festival
Americano de Shakespeare,em Stratford, Connecticut.
Mr. PRESIDENT (1962),
de Howard Lindsay e Russell Crouse, música e líricos de Irving Berlim, encenada
por Joshua Logan. Como o
Presidente Stephen Henderson. Com Nanette Fabray, Anita Gillette, Strickler
Jerry, Jack Washburn, Charlotte Fairchild, Jack Haskell, Stanley Grover, Wisa
D'Orso, John Cecil Holm. Theatre do St. James, New York.
OTHELLO (1967), de William Shakespeare, como Othello,
Playhouse de Nottingham, Nottingham, Inglaterra.
LONG DAY'S JOURNEY INTO NIGHT(1967), De Eugene
O'Neill, como James Tyrone. Encenado no Playhouse de
Notthingham, Nottingham, Inglaterra.
OBS: Robert Ryan Fundou
o Plumstead Playhouse Companhia de Repertório, com Henry Fonda e Martha Scott
(1968).
OUR TOWN(1968), de
Thornton Selvagem, dirigido por Leo Brady. Como o Editor Webb. Com Henry Fonda,
Estelle Parson, John McGiver, Jo Van Fleet, John Beal, Anthony George, Marcam
Bramhall, Coley de Thomas, e outros. Theatre de Mineola, Mineola.
Myrna Loy visita o ator durante o espetáculo OUR TOWN, em 1968. |
FRONT PAGE (1968), de
Ben Hecht e Charles MacArthur, direção de Leo Brady.
EPOCH OF YOUR LIFE (1968), de William Saroyan. Como
o filosfo Barfly. Theatre de Millpond, Roslyn,curta temporada.
O FRONT PAGE (1969),
dirigido por Harold J. Kennedy. Como Walter., com Peggy Cass, Bert Convy, Doro
Merande, Conrad Janis, John McGiver, Val Avery, James Flavin, branco de
Charles, Harold J. Kennedy, Julia Meade (substituída por Helen Hayes), e outro,
Theatre de Ethel Barrymore, New York.
LONG DAY'S JOURNEY INTO NIGHT(1971), de Eugene
O'Neill. Como James Tyrone. Com Geraldine Fitzgerald, Stacy Keach, James
Naughton, Theatre do Promenade, New York
A FACE NOIR DA SÉTIMA ARTE. |
REFERÊNCIAS
Jornal O GLOBO – Reportagem Robert Ryan (em
15/07/1971)
Jornal O GLOBO – Morte de Robert Ryan
(12/07/1973)
Isto É, 100 Anos de Cinema
Livro: Huston - Lubitsch - Zinemann - A C Gomes
De Mattos – Cinemin (1985)
Site Wikipedia
Site IMDB
Site Wikipedia
Site IMDB
PRODUÇÃO E PESQUISA
PAULO TELLES
Colaboração: Flávia de Lacerda Telles
Nenhum comentário:
Postar um comentário